Uma queda no número de alunos na rede estadual tem preocupado a 6ª Coordenadoria Regional de Educação (6ª CRE). No ano passado, as escolas abrangidas pela Coordenadoria iniciaram o ano letivo com 38 mil alunos e fechou o ano com 35 mil. Neste ano, a rede estadual iniciou com 36.700.

A queda no número de estudantes em relação ao ano passado não foi tão significativa em Venâncio, isso porque o município fechou 2015 com 6.435 alunos na rede estadual. Neste ano, há 6.411 matriculados, ou seja, 24 a menos.

Segundo o coordenador da 6ª CRE, Luiz Ricardo Pinho de Moura, esta redução está relacionada ao fato do estudo para crianças de 4 e 5 anos ter se tornado uma obrigatoriedade e responsabilidade dos municípios. Até então, em nível de 6ª Coordenadoria, havia um número bastante significativo de escolas que ainda ofereciam a educação infantil.

Ele ainda comenta que houve uma diminuição de alunos do terceiro ano do Ensino Médio, pois foram reduzidos os investimentos para o ingresso no ensino superior, como o corte do Financiamento Estudantil (Fies). Deste modo, alguns alunos, sem poderem fazer uma faculdade, optaram por darem logo início a cursos técnicos e profissionalizantes fora da rede estadual.

Outra explicação para essa queda está no fato de que cada vez mais os alunos buscam o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e conquistam as aprovações. No momento que o estudante consegue ser aprovado no Enem, em alguns casos, acaba por ter em mãos o certificado de conclusão.

ALTERNATIVASNa opinião do coordenador, a diminuição do número de matrículas é muito significativa. “Eu confesso que me impressionou bastante essa diferença de 2015 para 2016”, complementa.

Para manter uma maior quantidade de alunos nas escolas, a Coordenadoria, no momento, revê algumas metodologias e propostas pedagógicas. Para isso, existe um calendário de reuniões com diferentes segmentos das equipes diretivas das escolas. Nas reuniões são feitas reavaliações, e as escolas reveem suas propostas práticas pedagógicas. “Enfim, estamos revendo as propostas com um olhar mais voltado à realidade de cada escola”, comenta.

O coordenador ainda comenta que, às vezes, se tem conhecimento de alguma pessoa que deveria estar na escola mas não está. Contudo, não se busca causas, explicações e soluções para evitar essa desistência. “Então está se trabalhando todos os esforços possíveis para que a gente possa atender essa demanda de alunos que está fora da escola”, ressalta.