No primeiro encontro após a realização da 6ª Conferência das Partes para o Controle do Tabaco (COP6), na Rússia, os integrantes da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco, ligada ao Ministério da Agricultura, avaliaram os resultados do encontro mundial de países que ratificaram a Convenção-Quadro. Apesar da posição branda do Brasil no encontro, grupos ligados à Câmara Setorial seguem preocupados com o texto aprovado em Moscou.
O prefeito de Venâncio Aires, Airton Artus, que representa a Associação de Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp) na Câmara Setorial e também esteve na Rússia, participou nesta quinta-feira, 06, de reunião em Brasília. Na oportunidade, o prefeito destacou o respeito de todos pela mobilização conquistada em Moscou e o reconhecimento recebido por seu envolvimento particular nos debates políticos.
Artus ressaltou, porém, que segmentos da Câmara Setorial seguem preocupados com o conteúdo do texto aprovado na COP 6. O grupo argumenta que, apesar de não deixar clara a exigência de restrições ao crédito para produtores de tabaco, o fato de recomendar países signatários a coibir o financiamento bancário pode deixar margem a interpretações do governo brasileiro. “Resumidamente, o grupo avaliou que é preciso seguir vigilante e atento a qualquer manobra interpretativa que possa, ali adiante, prejudicar o setor”, destaca.
O prefeito de Venâncio Aires concorda com o clima de mobilização, mas destaca que, na sua opinião, o maior erro aconteceu quando o Brasil, durante o governo Lula, assinou a Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, enquanto outros países produtores, como a Argentina, Cuba e os Estados Unidos não assinaram. “O que estamos vivendo desde então é consequência dessa assinatura. Não temos mais estabilidade nem no campo, nem na indústria”, finalizou.
Durante sua estada de dois dias na Capital Federal, Airton Artus participou também de encontros no Banco do Brasil, onde buscou informações de financiamentos e projetos para infraestrutura na Capital do Chimarrão. Entre os projetos mais urgentes, a Administração Municipal busca recursos para garantir a contrapartida de obras do PAC na cidade e financiamento para novas pavimentações no interior.