Foto: Kethlin Meurer / Folha do MateDe acordo com o designer gráfico Emerson, a maioria dos blocos carnavalescos optam por cores variadas e chamativas
De acordo com o designer gráfico Emerson, a maioria dos blocos carnavalescos optam por cores variadas e chamativas

O Carnaval movimenta milhares de pessoas todos os anos, principalmente, quem faz parte dos blocos que, a cada ano, renovas suas camisetas personalizadas. Em Venâncio Aires, a procura dos blocos pela confecção das roupas já iniciou no mês de outubro em uma empresa no ramo de serigrafia. Mas o auge das vendas é neste mês, que antecipa a festa mais popular do país.

Emerson Schüssler, designer gráfico de uma empresa de Venâncio, conta que pelo fato do carnaval, neste ano, ser mais cedo (9 de fevereiro), as pessoas ainda não estão preparadas e mobilizadas o suficiente para a compra das camisetas, se comparado ao ano anterior. Conforme ele, as vendas já iniciaram no mês de outubro devido aos blocos do interior. “O carnaval dos blocos do interior começa mais cedo, e isso faz a procura iniciar antes também”, conta.

Diminuição nas vendasSegundo o designer, até o momento, foram vendidas camisetas para cerca de 45 blocos, número menor se comparado ao mesmo período do ano anterior. Além disso, o profissional acrescenta que alguns blocos, a cada ano, optavam por confeccionar camisetas com novas estampas, mas, desta vez, apenas buscam fazer a reposição de camisetas que faltam quando entra algum novo integrante. “A crise também interfere um pouco no número de vendas”, ressalta.

Sobre as cores mais procuradas para estampar as camisetas ele afirma que variam muito, pois “as pessoas querem mesmo algo colorido e chamativo”, comenta. O designer ainda acrescenta, que são nos meses de janeiro, fevereiro e março dobra o número de vendas de camisetas em função do Carnaval.

Interferênciada criseA situação do proprietário de uma outra empresa do ramo em Venâncio, Leandro Kuhn, também não é diferente. A comercialização das roupas começou em novembro e o proprietário acredita que as camisetas serão vendidas para cerca de 45 blocos carnavalescos neste ano. Apesar de ainda as vendas não terem atingido o esperado, Kuhn se mantém positivo. “Os blocos de carnaval da cidade vão começar a comprar agora as camisetas e pode ser que aumentem as vendas. Ainda é cedo para dizer”, explica.

No ano anterior, ao todo, foram confeccionadas camisetas para mais de 50 blocos. Na opinião do proprietário, o aumento no preço de diversos produtos interferiu no bolso do consumidor. “Acho que a crise econômica afetou as condições das pessoas”, opina.

Como todo o carnaval, o colorido não pode faltar. Conforme ele, a grande maioria dos blocos não abre mão de comprar camisetas com cores fosforescentes, como amarelo e laranja.

Além disso, o proprietário diz perceber que a cada ano mais blocos são formados, mas com número menor de participantes.