Foto: Arquivo Pessoal .

Cantar, tocar, dançar, atuar e ainda ser voluntária pode parecer muita coisa nos dias de hoje. Mas não é. A venâncio-airense, Caroline Hansel, 19 anos, ou para os íntimos, Carô, é estudante de Psicologia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFGRS) e pode ser considerada multi-talentos.

Segundo ela, a expressão certa para descrevê-la não seria essa, mas sim ‘curiosa’, que faz parte de um eterno desenvolver-se: “Eu me interesso pelos assuntos e procuro aprender mais”.

A primeira atividade que se envolveu foi com o ballet aos 6 anos, onde passo ter aulas com Tatiana Lehapan de Carvalho, do Développé Estúdio de Dança. “Já em 2012 tive a oportunidade de fazer ballet contemporâneo e me apaixonei por completo pela expressão da dança”, recorda.

Mas e a música, de onde ela surgiu? De acordo com Carô, todos cantam ou tocam algum instrumento na família. “Costumo brincar que ‘aprendi’ a cantar porque meus pais me levavam para seus ensaios no coral ‘Vozes da Terra’ quando eu era criança e me deixavam dormindo no colo”, recorda.

As demais atividades, como, teatro e a orquestra foram oportunidades que surgiram a partir do Colégio Gaspar Silveira Martins, onde teve a oportunidade de tocar clarinete. “O colégio mantinha uma certa tradição com esse tipo de arte e por isso sempre quis participar. Além disso, minha mãe sempre se envolveu nessas mesmas atividades e eu via um exemplo muito grande nela”, recorda a jovem que lembra, até hoje, do primeiro desfile de 7 de Setembro, quando desfilou tocando.

Outra arte que vem aperfeiçoando e aprofundando é o desenho. “é o que eu mais gosto de desenvolver porque acho que consigo me expressar bastante através dele”, conta. Os ensinamentos de violão foram repassados pelo irmão que tinha a missão de ensinar Caroline após retornar das aulas. “Mas a maior parte foi praticando sozinha mesmo. O que eu sei tocar é mais pra acompanhar a voz, mais básico”, explica. Mas, o objetivo para esse ano é começar a fazer aulas de canto. A mãe, de acordo com ela, sempre a incentiva a fazer mais e mais.

Transdisciplinaridade que abre horizontesSegundo Carô, não importa qual caminho se segue, mas a arte sempre irá proporcionar um conhecimento para a vida inteira: “Além da consciência criativa que acompanha qualquer profissão.”

Apesar de estar saindo do curso de Teatro, ela afirma que tenta carregar a ideia de uma transdisciplinaridade que abra seus horizontes. “Estamos muito acostumados com um pensamento linear e fechado e a cultura nos ajuda a quebrar ele, aumentar nossa percepção de mundo, pensar fora da caixa, o que é muito difícil. Acho que, mais do que apreciarmos alguma obra, é importante que façamos parte de um processo criativo.”