Um acidente de trânsito, ocorrido durante o fim de semana, poderia ter causado mais uma tragédia no Distrito Industrial. Um automóvel saiu da pista, invadiu uma plantação de milho e capotou. A Brigada Militar foi acionada, mas os dois ocupantes do carro conseguiram desvirá-lo e fugir em poucos minutos.
A prova do crime, no entanto, ficou no local. O dono da propriedade encontrou o pára-choque e a placa do automóvel, além de outras peças. Por centímetros, o carro não atingiu um poste de concreto, o que, certamente, causaria um estrago maior no veículo e ferimentos em seus ocupantes.
Mas a preocupação dos moradores do bairro Industrial não é com o milharal. Eles temem pela segurança das centenas de pessoas que passam por aquele trecho diariamente. Alguns de carro, outros de moto, de bicicleta e muitos a pé. “Imagina se alguém estivesse passando por lá quando aquele carro desgovernado saiu da pista”, questiona o morador Valcedir Porto.
Ele é testemunha do que o intenso tráfego do trecho que liga a RSC-453 à Linha Ponte Queimada pode causar. Na manhã do dia 11 de junho de 2010 – segunda-feira completou dois anos – sua esposa Vera Rejane da Rosa, 43 anos, foi atropelada e morta quando seguia a pé para o trabalho. O homem que dirigia o carro estava embriagado e foi preso em flagrante.
Desde então, Porto luta por mais segurança naquela via asfaltada. Dois quebra-molas já foram instalados nas imediações do IF Sul, amenizando o problema de excesso de velocidade no local. “Mas isso não é o suficiente”, diz Porto.
Na semana passada, Porto ocupou a tribuna da Câmara de Vereadores. Como membro da comissão de moradores do Loteamento Primavera, pediu melhorias no trecho, principalmente com a construção de um acostamento. “Estamos fazendo a nossa parte e agora vamos aguardar a solução”, observou.