O Edifício Storck é o único prédio tombado como patrimônio histórico de Venâncio Aires. Com tantas riquezas históricas no município – que vai da Paróquia São Sebastião Mártir, por exemplo, até casas e prédios antigos – apenas um local está assegurado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (IPHAE).
O espaço que abriga a Casa de Cultura desde 1997, foi tombado pelo município em 2001 e, em 2012, pelo estado. Conforme a diretora administrativa do Núcleo de Cultura, Sandra Schifelbein, há três níveis de tombamento de bens arquitetônicos: patrimônios resguardados em esfera municipal, estadual e nacional.
Em 26 de outubro de 2001, por meio de solicitação feita pelo Núcleo de Cultura de Venâncio Aires (NUCVA), o Edifício Storck foi declarado patrimônio histórico municipal de Venâncio Aires pelo decreto nº 3049. Posteriormente, em 20 de julho de 2012, o prédio foi inscrito nos registros do IPHAE, o que o assegura em nível estadual. Nesse tombamento, além da estrutura física, o acervo da Casa de Cultura também foi registrado.
De acordo com um dos idealizadores do Museu de Venâncio Aires, Flávio Seibt, infelizmente muitas obras históricas foram perdidas pela falta de interesse de membros da comunidade e do poder público em fazer o requerimento de proteção. Uma grande perda, segundo ele, foi o ‘Castelinho’, além de outras tantas casas que fazem parte da história do município. “Eu lastimo muito também o Edifício Campos, ele era todo trabalhado, poderia ser utilizado para a Câmara de Vereadores. Deveria estar tombado, agora não tem mais como recuperar.”
Seibt destaca que o tombamento é muito importante, pois é uma forma de proteger os locais de uma possível destruição e, mais do que isso, ao invés de reformas são feitas restaurações, de modo que as características não se perdem. “é uma forma de ele não ser descaracterizado, de manter a história, pois povo sem história é povo sem futuro”, declara.
