Na manhã da sexta-feira, dia 14, uma emissora de televisão apresentou uma denúncia em sua PROGRAMAÇÃO, na qual seis investigados em um esquema de venda irregular de imóveis de um programa habitacional da Caixa Econômica Federal em Santa Maria teriam virado réus. Conforme o conteúdo apresentado, o negócio era feito por meio de uma imobiliária, que tinha como sócio um policial militar.
A investigação da Polícia Federal (PF) apurou que a imobiliária teria negociado ao menos quatro apartamentos do programa de arrendamento residencial da Caixa, destinado às famílias que possuem renda de até dois salários mínimos. Uma das acusadas é a conselheira tutelar Ana Caroline Santos Lopes, que reside e trabalha em Passo do Sobrado, e que teria arrendado seu apartamento na cidade de Santa Maria, em 2008.
Foi apresentado na denúncia que, antes de terminar de pagar as prestações, ela teria deixado a cidade e vendido o bem para a imobiliária. Na matéria veiculada consta ainda que a investigação conduzida pela PF teria encontrado uma transferência de R$ 2 mil feita a partir da conta imobiliária para o marido da conselheira, Ivan Paulinho Sebben, que é secretário de Planejamento da prefeitura de Passo do Sobrado. O valor seria referente à entrada do apartamento.
Os imóveis do programa só podem ser vendidos dois anos depois do fim do contrato com o banco, que terminaria em 2025. A acusação é de que o imóvel da conselheira teria sido ofertada pela imobiliária por R$ 100 mil, sendo que um cliente teria pago a entrada, mas desfez o negócio porque não conseguiu a escritura.
Defesa
Ivan Sebben explica que, em 2008, sua esposa adquiriu um apartamento através do Programa de Arrendamento Residencial (PAR), quando ainda era solteira. Esse apartamento é em Santa Maria no Condomínio Moradas do Parque, no Bloco 4, Apto 513. “Em 2014, fomos procurados pela Imobiliária Soluções para ver se tínhamos interesse em vender o apartamento. Dissemos que em princípio não, porque só poderíamos vender se estivesse quitado. Foi então que nos foi feito a proposta de que nos repassariam o dinheiro para quitar, e então faríamos o negócio. Acabou que a imobiliária nunca nos passou o valor e a venda não se concretizou”, justifica Sebben.
Segundo ele, em 2016, a referida imobiliária foi alvo de investigação em compra ilegal de imóveis da caixa. Então, sua esposa foi ouvida pela PF a respeito e afirmou que o referido imóvel continuava em sua posse, e que não havia venda, emas sim uma proposta. “Mantemos o referido imóvel mobiliado, com testemunha e tudo”, garantiu o casal.
Ele salienta que o fato que os deixa indignados é que segundo a repórter da emissora de tv, eles teriam recebido uma denúncia anônima, e então os procuraram. “Sem nada a temer demos entrevista e concordamos em gravar. O que nos deixou estarrecidos é que a matéria fala em seis indiciados, mas apenas nós fomos ouvidos, inclusive gravaram imagens em frente à imobiliária, e não entrevistaram os proprietários, sequer citam os nomes dos demais. Isto pra nós denota claramente a intenção de atingir a imagem do político Ivan Sebben, até porque quem figura no processo é a Carolina. Nada tememos e se quer fomos intimados no processo”.
Sebben lamenta que um veículo de comunicação “tenha demonstrado um lado sórdido, ao perseguir quem é filiado ao PT, e também, a atitude asquerosa de pessoas que tentam a todo custo se vingar de ter perdido as eleições, ou então, ter perdido cargos, pois esta não foi a única atitude contra nós nestes últimos dias. São ofensas em redes sociais, são acusações falsas sem provas, ou se quer indícios, numa clara intenção de denegrir a imagem que temos.”
