Hoje é celebrada a Sexta-feira Santa, também denominada da Paixão de Cristo, dia de jejum e abstinência de carne. A comunidade Evangélica de Confissão Luterana celebra culto com santa ceia às 9h. A comunidade matriz São Sebastião Mártir realiza às 15h, a celebração da Paixão do Senhor e às 19h, a procissão do Senhor Morto na matriz e pelas ruas centrais da cidade.
O vigário paroquial Marcelo Carlesso, destaca que a Sexta-feira da Paixão não é uma celebração isolada, pois está inserida no Tríduo Pascal, ou seja, a Quinta-feira Santa, com a instituição da Eucaristia, do Sacerdócio e do Lava-pés. Carlesso lembra que na Sexta-feira Santa, a Igreja prescreve dia de jejum e abstinência. “Bem compreendido, nos tempos de hoje, fazemos ou faríamos isso muito mais espontaneamente. A prescrição da Igreja nos favorece em nossa dieta alimentar. Concorre para nossa saúde e bem-estar”, destaca. Muitas pessoas, segundo ele, fazem com rigor e maior sacrifício estas abstinências. “é uma tradição que vem desde o Antigo Testamento, com o povo de Israel. Nós, cristãos, adotamos e conservamos até hoje este sábio costume.”
Para evangélicos,é dia de silenciar
A Sexta-feira Santa é, para evangélicos de confissão luterana, dia de silenciar (´der stille Freitag`) e de colocar-se, em humildade e reverência, diante da cruz. No dia de hoje, salienta o pastor Lair Hessel, o sino não bate. Em muitas comunidades evangélicas o altar não está enfeitado. O crucifixo é coberto por um pano preto, símbolo de morte, de luto. Ao lado do altar, é colocado um ramo seco – sinal da transitoriedade da vida, também da vida de Jesus. No domingo de Páscoa este galho seco aparecerá todo enfeitado. Será ele, então, sinal da vida que se multiplica pela força da ressurreição que Deus opera. Ainda conforme Hessel, a Sexta-feira Santa é para muitos evangélico-luteranos, por excelência, o dia de ir ao culto, de participar da santa ceia e de colocar-se em reverência e silêncio diante da cruz. “Ao longo de séculos, ela foi instrumento de tortura na qual também o nosso Senhor padeceu”, lembra. Hessel acrescenta que muitas pessoas não se dão conta, mas sobre os altares das igrejas evangélicas e no centro dos templos, encontra-se um instrumento de tortura trazido ‘do mundo’ e levado para dentro dos templos como sinal máximo da fé cristã. O pastor observa que a cruz revela, portanto, “o nosso profundo afastamento de Deus, nossa perdição, nosso pecado. Revela quem nós, de fato, somos. Não adianta enfeitar. Não adianta querer fazer de conta. Não somos estes ´bonzinhos’ que, por vezes, aparentamos ser”, prega Hessel.
Sexta-feira Santa – 25 de marçoMATRIZAno da Misericórdia – 14h para o Senhor até as 15h – matriz15h – Celebração da Paixão do Senhor – matriz19h – Via sacra pelas ruas da cidade
PARóQUIA EVANGéLICA8h30min – Culto em Sampaio com Santa Ceia9h – Culto em Venâncio Aires com Santa Ceia10h – Culto em Mato Leitão com Santa Ceia10h – Culto em Marechal Floriano com Santa Ceia15h30min – Culto em Centro Linha Brasil com Santa Ceia