
Em atividades há nove anos e especializada na criação de ovelhas Pura Origem da raça Hampshire Down, a Cabanha Chanfro Negro está sob o processo de avaliação, exames e documentação para a obtenção do certificado de Cabanha livre de brucelose ovina. O empreendimento está localizado às margens da rodovia RSC-453, Km 10, na Linha Travessa.
Conforme a proprietária da cabanha Cyntia Cavalcante, o certificado integra o Programa Estadual de Sanidade Ovina (Proeso) e é concedido pela Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) por meio do Departamento de Vigilância Agropecuária (DDA) de Venâncio Aires. Cyntia acentua que a cabanha começou a busca pelo certificado no início de 2015 e resolveu ingressar no programa pela credibilidade que ele proporciona ao estabelecimento de ter animais livres da doença, além do custo benefício. “Para ganhar a Guia de TransporteAnimal (GTA), o macho tem que ter este certificado, porque ele é o portador da doença. Para efetuar qualquer trânsito legal, tem que ter atestado”, salienta.
Cyntia acrescenta que o status de cabanha livre da doença também reflete em ganhos financeiros e o certificado tem a validadede dois anos, quando é necessária a sua renovação coma realização de novo dos testes. Resultado negativo Cyntia informa que a Chanfro Negro realizou o primeiro teste no dia 5, em dez animais, e todos apresentaram resultado negativo.
A segunda coleta ocorreu onteme foi efetuada pelo médico veterinário credenciado da Associação Brasileira de Criadores de Ovelhas (Arco) e acompanhado por um profissional do DDA de Venâncio Aires. “Se todos os animais derem resultado negativo, a cabanha receberá o certificado que tem a validade de dois anos”, acentua Cyntia. Ela acrescenta que a Chanfro Negro será a sexta cabanha no estado a receber o certificado e a primeira da raça Hampshire Down.
Entenda a doença:
A brucelose ovina (Epididimite ovina) é uma doença infectocontagiosa que causa aborto nas ovelhas e problemas reprodutivos em carneiros, como a inflamação e endurecimento do epidídimo e testículo. A transmissão ocorre por contágio sexual, pelo sêmen na cópula emais raramente por placenta e líquidos de fetos abortados. Os carneiros devem ser revisados sempre ao início da estação de monta, realizando exames de sangue para confirmar a ausência da doença. O tratamento não é economicamente viável, devendo-se eliminar os animais positivos.
Preventivamente, aconselha-se separar os carneiros jovens dos velhos, evitando contaminação. A doença no rebanho se evidencia por falhas reprodutivas, baixos índices de produtividade e presença de carneiros com sintomatologia. Havendo suspeita, consulte o médico veterinário para aconselhamento.
Fonte – Senar/RS