Conteúdo que integra o caderno de 23 anos de Vale Verde
Em 1962, foi inaugurado o traçado da linha férrea que existe até hoje e que passa sob a ponte seca na ERS-244, próximo à localidade de Cerro do Chileno. Aproximadamente a um quilômetro da ponte ficam as ruínas da estação férrea Professor Parreira, que recebia um grande fluxo de passageiros e cargas.
O período de grande movimentação durou cerca de 30 anos, sendo que, após, houve uma redução drástica no uso e nos investimentos da linha férrea. Na época, passavam diariamente vários trens cargueiros e passageiros, que transportavam mercadorias das mais diversas e levavam a produção do município.
Eram transportadas nos trens mercadorias como adubo, soja, arroz, trigo, gado, combustível e demais produtos que eram levados de uma região para outra. Além disso, o trem era o principal transporte de pessoas de várias localidades, que se utilizavam do veículo que era considerado seguro, barato e rápido.
Ainda existem ruínas de outra estação localizada na Lomba Alta, próximo ao Passo do Monte Alegre, que se chama estação Foguista Mello, uma homenagem a um vale-verdense que morreu em trabalho.
O acidente aconteceu quando o funcionário estava colocando lenha na caldeira do trem, que descarrilou e bateu, arremessando o funcionário, foguista Pedro Mello, para dentro da caldeira, causando sua morte.
PONTE SECA
O antigo morador de Vila Mellos e mestre de obras, José Brasil de Vargas Pinheiro, foi quem fez a ponte seca, por onde atravessa todo o movimento da ERS-244. Pinheiro foi o responsável pela construção do percurso da linha férrea, no trajeto que corta o município, e que teve início em Barretos, General Câmara, até Ramis Galvão, em Rio Pardo. A ponte seca, que se mantém firme até hoje, testemunhou o desenvolvimento da região e o abandono do transporte ferroviário.