Bombeiros e Prefeitura de Passo do Sobrado abastecem moradores e reservatórios no interior

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Não são apenas os produtores rurais que estão sofrendo com a estiagem no município, pois moradores que ainda não contam com o abastecimento de água da Prefeitura estão tendo dificuldades. Como a Administração tem um convênio com os Bombeiros Voluntários, são eles que estão socorrendo famílias e moradores com maior carência de água.

Conforme o bombeiro voluntário Edemar Azeredo (Tick), os caminhões da corporação têm atendido, semanalmente, localidades como Rincão do Sobrado, Passo da Mangueira, Rincão Nossa Senhora e Cerro da Boa Esperança. “Enchemos os reservatórios públicos e os das famílias que estão praticamente no seco”, destacou Azeredo.

O prefeito Hélio de Queiroz afirmou que hoje deve chegar um tanque com capacidade para 9 mil litros, o qual foi adquirido pela Administração para fornecer água aos animais dos produtores do município. “Vamos montar este reservatório sob um caminhão da nossa frota, equipado com uma bomba de sucção, que poderá ser enchido nos grandes açudes e encaminhado aos mais necessitados. Precisamos fazer isso com urgência, pois sabemos que muitos córregos, arroios e pequenos açudes secaram em alguns locais”, lamentou o prefeito.

Ele destacou que o Decreto de Situação de Emergência do Município foi homologado pelo Governo do Estado, fato que permite que os produtores possam renegociar suas dívidas.


“No milho as perdas já atingem 70% e nossa produção de leite caiu 50% devido ao clima seco.”

ELPÍDIO MORAES – Produtor de leite


PERDAS

Conforme estimativas da Emater/RS-Ascar, Secretaria de Agricultura, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, IBGE e Inspetoria Veterinária do município, as perdas na soja devem ultrapassar os 60% e no milho podem variar entre 45% e 70%, sendo estas as culturas mais produzidas nesta época. “Ainda não temos como afirmar o tamanho dos prejuízos nos mais variados setores da economia, mas podemos prever que serão altos. Na soja, por exemplo, serão poucos os produtores que conseguirão colher o suficiente para, pelo menos, pagar o investimento feito”, destacou Maikel Moraes, da Emater.

O morador de Rincão do Sobrado, Elpídio Moraes, que é produtor rural do setor leiteiro, afirma que a maior dificuldade é com as pastagens, que não rendem. “No milho as perdas já atingem 70% e nossa produção de leite caiu 50% devido ao clima seco. A falta de água para os animais também é um problema, e por isso, já estamos sendo abastecidos pelo caminhão dos bombeiros e da Prefeitura”, explicou Moraes.

Na propriedade de Elpídio Moraes em Rincão do Sobrado milho deve ter perda de 70% (Foto: Elpídio Moraes/Divulgação)

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