Em entrevista à Folha do Mate, o prefeito de Vale Verde, Carlos Gustavo Schuch, explicou os motivos pelos quais as obras de construção de uma escola de ensino fundamental estão paradas há nove anos, na rua Benno Schuch, ao lado da Emei Santa Izabel. Segundo ele, a compra do terreno e a construção ocorreram no governo do prefeito Emir Rosa da Silva, mandato 2009/2012, com recursos próprios.
“É bom destacar que, naquele período, havia mais recursos disponíveis na Secretaria de Educação, pois os gastos não eram tão elevados como são agora”, disse o prefeito. Ele enfatizou que quando iniciou seu governo, em 2017, havia o interesse em concluir a escola, mas como a Administração Municipal acabou investindo seus recursos próprios no projeto da Dália Alimentos – quase R$ 1 milhão -, não sobraram valores livres suficientes para concluir ou retomar as obras do educandário vale-verdense.
“Consegui uma emenda parlamentar de R$ 300 mil com o senador Lasier Martins (Podemos) para investir em educação, mas infelizmente não foi possível aplicar nesta obra, por conta da lei. Ela só pode ser concluída com recursos próprios ou oriundos de um financiamento”, justificou Schuch. Ele acredita que o melhor momento de ter essa obra concluída foi no governo passado, quando optaram em comprar o prédio da Escola Odette Pedreira de Mello (Emef) com recursos próprios, em vez de investir na escola que estava iniciada.
“Entendo que foi um erro, pois esse prédio, mesmo estando em área central da cidade, não tinha viabilidade para servir como escola e apresentou vários problemas. O próprio governo anterior teve que fazer reformas e ampliações. Estes recursos somados poderiam ter sido suficientes para a conclusão da nova escola, ou pelos menos dois ou três blocos do total de quatro que estão parcialmente edificados” enfatizou.
CONSTRUÇÃO EM 2011
O ex-prefeito Emir Rosa da Silva disse que o terreno foi adquirido no seu governo, em 2009, e a construção dos quatro módulos aconteceram no ano de 2011, sendo que receberam um investimento, na época, de R$ 211 mil. O projeto da escola é oriundo do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
AZEREDO SE MANIFESTA
• O ex-prefeito Ricardo Azeredo (PSB) se pronunciou sobre o fato. Disse que quando comprou o prédio da Escola Odette, o fez porque precisava de um local com urgência, e o mesmo estava à venda, por um preço justo.
• “Em vez de gastar com aluguel, preferi comprar o prédio para ter o investimento voltado ao município. Na época, meu governo tinha como prioridade a conclusão da creche (Emei Santa Izabel), o ginásio Olívia Kappel e o asfaltamento da rua Arnaldo Seibert, sendo que todos foram concluídos”, comentou.
• Azeredo destacou que nos seus planos, em caso de reeleição do PSB, a meta seria a conclusão da referida escola, que ainda está por ser terminada. “Hoje não resta dúvidas que esta escola estaria pronta, porque deixamos no caixa da Prefeitura, quando saímos do governo, no ano de 2016, um superávit de R$ 1,6 milhão, verba essa que não só seria suficiente, mas sobraria uma parte significativa para outros investimentos”.
ELEIÇÕES 2020
• Aproveitando a oportunidade de manifestação acerca do caso da escola, o ex-prefeito Ricardo Azeredo também se pronunciou em relação a uma matéria veiculada no jornal, recentemente, sobre o panorama políticos dos municípios da microrregião. Ele contestou uma informação onde o jornal faz uma conjectura, colocando-o em uma possível aliança de consenso com o atual prefeito, Carlos Gustavo Schuhc (MDB).
• “Na matéria diz que eu poderia vir a ser candidato a vice-prefeito na chapa com o atual prefeito. Afirmo que esta possibilidade não existe, pois mesmo tendo uma certa amizade, temos pensamentos diferentes. Até sou a favor de um consenso, mas com outros candidatos, já que vários partidos no município possuem ótimos nomes, que poderiam concretizar uma candidatura única, que agradasse a todos”, concluiu Azeredo.