Foto: Vanessa Behling / Folha do MateEntre seus projetos na Câmara, Ciro Fernandes (PSC) quer fomentar o Fundo do Conselho de Proteção e Bem-Estar Animal
Entre seus projetos na Câmara, Ciro Fernandes (PSC) quer fomentar o Fundo do Conselho de Proteção e Bem-Estar Animal

Natural de Porto Alegre, Ciro Fernandes, 38 anos, mora em Venâncio Aires desde o ano de 2000. Casado com a Antônia Carolina Casagrande e pai de Luis Carlos, Luis Felipe e Manuela já se considera um ‘Cidadão Venâncio-Airense’, devido ao amor que construiu pela cidade. “Não penso mais sair daqui. Eu adoro morar aqui. Meus filhos são nascidos aqui, no meu quadro de formatura da faculdade consta natural de Venâncio, não coloco Porto Alegre. Isso não me pertence mais. Gostaria de um dia ganhar um título de Cidadão Venâncio-Airense”, brinca. Seu padrasto faleceu há cerca de quatro meses em Venâncio. Agora, sua mãe, assim como seu irmão e seu pai estão motivados a se mudarem para a Capital do Chimarrão.

Quando chegou na Capital do Chimarrão adquiriu a Farmácia Leuckert e posteriormente foi chamado para a Brigada Militar. Deixou a função em 2004 quando concorreu, pela primeira vez, à Câmara de Vereadores. De 2008 até este ano atuou na Junta Militar do Município.Formado em Educação Física Licenciatura na Unisc de Santa Cruz, está graduando o Bacharelado e tem como objetivo iniciar o mestrado na mesma área no próximo ano. “Nunca exerci a profissão, mas tenho ideias de criar e desenvolver projetos de basquete, vôlei, atletismo, com apoio de empresas, sem depender de dinheiro público.”

A política em sua vidaO lado político já foi despertado quando ainda morava em Porto Alegre. Em meados de 1996 participou ativamente da campanha da então vereadora, Bernadete Vidal (DEM), que, segundo ele, é primeira parlamentar cega do mundo. Ao chegar em Venâncio, em 2000, já filiado ao Arena (atualmente o PP), assumiu o cargo de vice-presidente da juventude do partido local. Mas, na época, no município, o Arena foi perdendo filiados e simpatizantes, o que fez com Ciro saísse e então ingressasse no PL, partido que se uniu com o Prona e então se transformou no PR. No Partido da República, Ciro permaneceu por oito anos. Logo, ingressou no Partido Social Cristão (PSC).

Em 2004 se candidatou a vereador pela primeira vez. Em 2008 voltou a concorrer ao Legislativo, assim como em 2012. Ano em que por 20 votos não conseguiu chegar a Câmara. “As pessoas sempre me comparavam a Wilson Puthin, como que ele fazia 1,5 mil votos e eu não. Mas eu não sou natural daqui, não tenho familiares aqui.”

As diversas tentativas, segundo ele, “ vai desgastando, nem todas as pessoas estão preparadas para a derrota, eu sofro muito com a derrota, tenho um emocional muito fraco, não sei se aguentaria talvez sete candidaturas.” Ciro confidencia que tinha medo de não conseguir se eleger novamente no pleito realizado no início do mês. “Sabe a história de Davi contra Golias, pois eu estava tentando uma vaga ao lado de ‘grandes’ como Ronald Artus, Cleiva Heck, Ana Cláudia do Amaral Teixeira, Tiago Quintana, então foi uma disputa muito desleal.”

Apesar de alcançar o objetivo, o vereador eleito salienta que esperava receber mais votos. “O que me elegeu foi o trabalho junto a comunidade nessas quatro eleições, ser um bom pagador de conta, dar bons exemplos, ser um bom cidadão no geral. E foi um reconhecimento. Mas esperava mais votos. Ao longo dos 45 dias fiz um trabalho exaustivo, não dormia, emagreci quase dez quilos, a família ficou de lado, pois como não venho de uma família rica que poderia me proporcionar uma estrutura de campanha, com cabos eleitorais, coordenador de campanha, então era preciso eu mesmo cobrar o escanteio e cabecear.”

Foi eleito. E agora?Eleito com 941 votos, Ciro integra o grupo de partidos que na campanha apoiaram a candidatura de Jarbas da Rosa. No entanto, ele destaca que não irá atuar como uma oposição ‘burra’ na Câmara durante a legislatura 2017/20. “Eu, na Junta, não acompanhei a briga do Airton e do Giovane. E na campanha, eu não gostei de algumas alianças feitas pelo Giovane, mas gosto muito do Jarbas, então decidi que ficaria com meu time. Mas o Giovane é um amigo pessoal, então não vou chegar na Câmara agora e ficar na oposição de um amigo. O que for bom para o município, vou votar favorável. Não vou procurar chifre em cabeça de cavalo, vou fiscalizar, porque muitas vezes o prefeito não sabe que as coisas estão erradas e ele precisa de um vereador para fiscalizar. Então vou atuar dessa forma, mas não fazendo uma oposição burra, apontando problema, sem ter uma solução. A comunidade não aguenta mais esse tipo de atitude, que o vereador tem que defender o prefeito. O vereador não pode ser uma bengala do prefeito.”

Quando foi suplente por alguns meses na Legislatura da Câmara de 2012/16 Ciro lembra que criou e ‘brigou’ pela lei de criação do Fundo do Conselho de Proteção e Bem-Estar Animal e que a partir de agora quer colocar em prática. “é algo que não gera custos ao Município, sendo uma conta gerida por pessoas e que habilita o Município a receber verbas e repasses do Governo Federal. Agora, como vereador, quero visitar municípios como Canoas, Santa Cruz, e nos habilitar para fazermos castrações, vacinas, pequenas cirurgias, microchipagem, um centro de controle de zoonoses, pois temos locais, temos veterinários, temos o Fundo e isso ligado a uma Ong ou uma associação desburocratiza o funcionamento de um centro.”