Ao lado das princesas Thaísi Pereira e Deise Mahl, Luana Schonarth representou a Festa Nacional do Chimarrão em 2014. Eleitas em 2013, elas conhecerão suas
sucessoras nesta sexta-feira, 13. Apesar de estar encerrando um ciclo, no qual representaram lindamente a Capital Nacional do Chimarrão, o reinado do trio entra na história da Festa e em suas vidas, deixando marcas.
Depois de ter sido eleita Garota Terra FM de 2012, aos 18 anos veio o primeiro convite para Luana participar do concurso. Mesmo acompanhando a Festa e as soberanas e frequentando os shows, ela tinha em mente que não estava madura o suficiente e não era o momento de assumir tamanho compromisso. Na edição seguinte, recebeu o convite da mesma empresa que a procurou na edição anterior. E então, não recusou e mergulhou de cabeça com muita determinação. Já na inscrição ela tinha ‘na ponta da ‘língua’ o seu teste de vídeo. “Eu sempre fui muito dedicada, em todos os meus objetivos.” No concurso, ela representou o salão de beleza Bellezaria, a ALM Engenharia e a Joalheria e ótica Kothe. Por coincidência, o trio que foi eleito, foi justamente composto pelas candidatas que se inscreveram antes da prorrogação das inscrições. No total, o concurso foi composto por 18 candidatas. Além da agenda de compromissos, cumprida ao longo de um mês, Luana ressalta que o que mais temia no concurso era o desfile na passarela. “Os jurados primeiro viram nosso vídeo e depois nos conheceram pessoalmente e o desfile. E eu sempre fui meio retraída para desfile. Então, tive muita ajuda da Amanda Kothe e da Michele Assmann Bersch, as duas princesas que fizeram uma rainha. Um dia antes elas foram comigo, para eu ensaiar, eu subia e descia aquela passarela. Super focada.”
Com um brilho no olho e um sorriso largo no rosto, Luana enfatiza que não há explicação para o momento do anúncio na noite de escolha. “Antes de começar, eu pensei: tu o que deu para fazer, eu fiz; dei o meu máximo, me envolvi, estudei. E é o meu momento, se eu não ganhar, não era para ser. E eu estava muito tranquila, sou muito religiosa, sempre orei muito para Nossa Senhora Aparecida, e foi um momento que ela não estava de mãos dadas comigo, mas estava me carregando. No momento que chamaram as duas, me abaixei no cantinho, com a Nossa Senhora na mão e pensei: tem que ser agora. E aí a Francine Rabuske que foi a cerimonialista perguntou às torcidas: qual a idade da rainha, e a minha torcida respondeu: 20. E qual o número da rainha. Aí minha torcida gritou: 13. Aí já saí correndo, foi lindo, cheio de energia, recompensador. E ainda no momento da chamada, a rainha conta que foram as mais variadas reações. “A Deise chorou muito, a Thaísi andou desfilando e eu entrei faceira e gritando.”
A comunicação e a dedicação dos trios de todas as edições passadas, evidenciadas pelas pessoas, deixavam a corte ainda mais comprometida em divulgar com muita intensidade a Festa e o município. “As pessoas citavam, nominalmente, rainhas, princesas de edições anteriores, como a Leticia, do jornal, e os comentários sempre eram bons e fortes, que as meninas da Fenachim sempre são muito bonitas e tem o dom da palavra, pegam o microfone e falam com propriedade e argumentos sobre sua cidade e a Festa. Ao mesmo tempo que isso me deixava feliz, eu ficava receosa, pois eu tinha que estar a altura. Felizmente fomos um trio muito bem acolhido pela comunidade.”
A responsabilidade de representar bem a Capital Nacional do Chimarrão foi dada à rainha ainda em cima da passarela no momento da coroação. “Na noite da coroação, o prefeito me disse: Luana, agora a responsabilidade é toda tua. Não deixa essa coroa ‘subir’ a cabeça, mantenha os pés no chão e vamos lá que a Fenachim está aí. Depois disso, em casa, deitei a cabeça no travesseiro e não conseguia dormir pensando onde foi que me enfiei (risos)”.
Durante cerca de três meses de divulgação, Luana destaca que foi o momento de viver a Festa e mostrar conhecimento sobre ela e sobre o município. “A divulgação é um momento que a gente tem para falar da Festa, tudo o que tens que ter de conhecimento precisa ser utilizado nesse período, quando se bate a porta das prefeituras, que tu chega apresentando, vendendo um produto.”
Na Festa, elas também deixaram suas marcas. Assim como na edição anterior, na qual a corte formada por Juliana Böhm, Letícia Wacholz e Litchele Jaeger organizaram o primeiro encontro estadual de soberanas e que foi promovido também em 2014, Thaísi, Luana e Deise criaram o ‘Soberaninha’. “Algo que a gente não pode deixar de perder é a essência da Festa, que é o desejo das meninas, desde pequenas, de representar e partir de bons exemplos de cortes. Então, afim de incentivar isso, tivemos a ideia e todos abraçaram a causa, e tivemos a Ana Weschenfelder como a vencedora, o que deve ter sido especial para ela, vai que ela um dia participa de uma corte, imagina que lindo. Então, é uma sementinha que a gente plantou que tenho certeza de que virão bons frutos por aí.” Acho que cada trio tem que trazer algo inovador, deixar uma marca de cada corte.”
Além disso, Luana ainda acrescenta que os ‘Embaixadores da Fenachim’, pessoas designadas para mobilizar a sua comunidade e que a representou na abertura da Festa, “foi um projeto muito especial que valorizou o interior, a gente sabe que sem eles não somos nada. Então, cada Embaixador carregou sua bandeira, representou o seu Distrito.”
Um ano depois
O talento de comunicar da rainha chamou a atenção durante a Festa e foi aí que surgiu a profissional do rádio. “A Fenachim me constituiu profissionalmente. Logo
depois da Festa recebi o convite e hoje sou apaixonada pelo o que eu faço, o que nunca tinha imaginado para a minha vida. Quem me abriu as portas disse que eu tinha muito talento, mas que tinha que me lapidar, porque eu não tinha nenhum conhecimento da área. E graças a Deus hoje estou colhendo os frutos.” Há cerca de um ano e meio, Luana é comunicadora da Rádio Vênus e da Rádio Venâncio Aires AM.
Em agosto de 2016 ela se forma no curso de Letras, pela Universidade de Santa Cruz do Sul, onde, hoje também é bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid). Depois de se formar, ela pretende conciliar a carreira na comunicação com a de professora. “Acredito muito na educação. O sistema educacional precisam de bons professores, que saibam desenvolver. é algo que me move, quero uma educação melhor.”
“Olho para trás e vejo que aproveitei tanto, que existe uma Luana antes e uma depois da Fenachim. A Festa veio num momento certo da minha vida, que eu tinha que amadurecer, me deu muita responsabilidade, trabalho de se envolver muito, em relação a exposição, em saber me portar e compreender e respeitar a opinião alheia.”