Representantes do Sindicato dos Comerciários de Venâncio Aires e Santa Cruz do Sul ocuparam a tribuna na Câmara de Vereadores de Venâncio Aires, nesta semana, a fim de pedir apoio do Legislativo, para fechar o dissídio coletivo dos trabalhadores do comércio da Capital do Chimarrão.
Segundo o presidente da categoria, Afonso Schwengber, desde março estão tentando negociar, mas o Sindicato não vem tendo êxito. “Não conseguimos sequer que os empresário compareçam nas reuniões que estão sendo marcadas desde o final de janeiro”, lamentou. Ele solicitou que a Câmara intermedeie uma reunião entre empresários e comerciários, a fim de solucionar a questão. Presidente da Comissão de Orçamento e Finanças, Ana Claudia do Amaral Teixeira (PDT), disse que o encontro deve ser agendado nos próximos dias.
Schwengber lembrou que os empresários de Venâncio tiveram uma recente demanda atendida pela Câmara, com a troca do feriado de 11 de maio para 25 de julho, e pediu o mesmo empenho dos vereadores à causa dos trabalhadores, que foram contrários a mudança. “Não argumentaram que deveria ter essa data para vender mais e pagar melhor os trabalhadores?”
Integrante da subsede do Sindicato, em Venâncio, Celso Friedrich comentou a insatisfação dos comerciários com o impasse. “Conversando com comerciários, cada vez é maior a insatisfação dos trabalhadores por não terem o reajuste de seus salários. A gente percebe que as mercadorias sobem, mas o salário do trabalhador continua o mesmo”, frisou. Completou dizendo não saber o motivo da dificuldade da negociação, neste ano. “Em anos anteriores nunca tivemos problemas de negociar. Justamente neste ano, quando se discutia a alteração do feriado, isso acabou se tornando um entrave, porque o Sindicato, defendendo posição do trabalhadores, decidiu pela manutenção do dia 11”, declarou.
Citou ainda a pressão que ocorre diariamente pelos comerciantes, inclusive ‘ceifando’ a participação dos funcionários de participar da reunião na Câmara e das reuniões do Sindicato. “Chegou a hora de sentar e negociar, não qualquer coisa, mas um salário digno.”
Friedrich também solicitou ajuda dos vereadores para tratar da regulamentação do horário de atendimento do comércio. “Isso representa muito mais que um bom dissídio coletivo fechado anualmente.” Observou que trabalhadores cumprem carga horária sábados e domingos, mas não recebem nenhum amparo de transporte e creche. Acrescentou ainda a necessidade de pautar temas como a sonegação de horas extras e folgas irregulares.
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