Uma comitiva de prefeitos gaúchos solicitará ao Ministério da Saúde o aumento dos repasses da União para as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). A busca de estratégias para o custeio das UPAs nos municípios foi o tema do encontro que aconteceu ontem, na sede da Famurs. Durante a reunião, o presidente da Federação, Seger Menegaz, alertou que o custo de manutenção das unidades, que varia de R$ 450 mil a R$ 900 mil por mês, é inviável para as prefeituras.

Os municípios estão bancando mais da metade das despesas das UPAs”, reclamou. “Se não houver um aporte substancial de recursos federais, as UPAs em construção permanecerão em obras e aquelas que estão funcionando poderão ter que fechar as portas”, avisou Menegaz. A reunião com o governo federal ainda não tem data para acontecer.

Caso o governo federal não amplie os recursos para as UPAs, uma alternativa é a redução da carga horária de atendimento das unidades. Atualmente, elas funcionam 24 horas por dia, sete dias por semana. Essa proposta, no entanto, não é a ideal, já que descaracteriza o programa e afeta o serviço à população. Outra solução é a doação das UPAs pelo governo federal aos municípios. Nesse caso, as prefeituras ficariam com a responsabilidade de administrar as unidades, conforme as necessidades de cada cidade.

O pleito municipalista conta com o apoio do governo do Estado. De acordo com o secretário adjunto de Saúde do RS, Francisco Paz, há uma necessidade de se repensar a organização e estrutura do sistema. “Vivemos uma crise nacional, mas também uma enorme crise no SUS por conta da falta de planejamento e financiamento”, resumiu.