Quando a poeira da eleição baixou, Airton Artus (PDT) – que apoiou o candidato derrotado nas urnas, Jarbas da Rosa (PDT) – e o prefeito eleito, Giovane Wickert (PSB), prometeram que fariam de tudo para que o processo de troca de governo fosse tranquilo. No entanto, parece que tudo o que fizeram não foi suficiente para ‘garantir a paz’ neste momento. Nesta quarta-feira, 16, a assessoria de imprensa da Prefeitura distribuiu material informando que Airton Artus, através de uma portaria, definiu regras para a transição.

O principal argumento de Artus é de preservação das atividades administrativas e consequente não interrupção dos serviços públicos. De acordo com ele, em razão do número reduzido de servidores – os cargos de confiança foram quase todos desligados – e da necessidade de trabalho intenso para superar o momento de crise financeira, os encontros entre as equipes serão semanais, na sala de reuniões da Prefeitura, com definição de pauta prévia agendada entre as comissões. “O que precisamos é tornar o trabalho realmente produtivo e não uma ação midiática. Estamos com um quadro funcional reduzido e não podemos desprender todos os nossos técnicos para atender solicitações do novo governo. Temos, diariamente, um intenso fluxo de trabalho que precisa atenção”, destacou.

Pelo ponto de vista do atual prefeito, as reuniões devem pautar o repasse de informações necessárias “para que eles (novos gestores) tenham subsídios para os primeiros dias, pois o resto terão quatro anos para tomar conhecimento”.

Artus não escondeu a insatisfação com a presença de assessoria de imprensa ligada a representantes do novo governo, que posteriormente repassou informação não oficial, segundo ele, para os veículos de comunicação. “São reuniões para troca de informações, não para fazer notícia disso”, queixou-se, dizendo ainda que a equipe de transição de Giovane Wickert não terá uma sala fixa na Prefeitura, como foi divulgado anteriormente.

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