“Inevitavelmente, as pessoas sempre olham para trás e tentam adivinhar o futuro. No entanto, o frio intenso do último inverno no Hemisfério Norte, e o nosso último verão quente, em nada representarão o inverno que logo mais começará no Hemisfério Sul”. A afirmação é da meteorologista da Climatempo Liliane Moura, ao trazer as previsões para os três meses do inverno de 2015, que se inicia neste domingo.“Estamos com um evento de El Niño e isso será o suficiente para mexer com as condições do nosso inverno”, observa Liliane. Ela salienta que esta situação é bem diferente do registrado, por exemplo, em 2010, 2011 e 2013, quando houve muitas massas polares avançando pelo centro-sul do Brasil. Nessas ocasiões, havia a presença do fenômeno climático La Niña, ou com um Pacífico Equatorial mais frio do que o normal. Nestes últimos dois anos, a situação é exatamente oposta: o ano passado foi com um Pacífico Equatorial ligeiramente mais quente do que a média e, neste ano, com um El Niño (Pacífico Equatorial mais quente do que a média). “Desta forma, podemos imaginar que o inverno deste ano não seja tão rigoroso.”
CHUVA ESCASSA
Sob o ponto de vista médio, a chuva continuará escassa na maior parte do Brasil, como é normal nesta época do ano. Por outro lado, a chuva que já é, em média, abundante no Sul do país, deve ser potencializada pelo fenômeno. De forma geral, faltará frio neste ano, como é normal em anos de El Niño. As exceções devem ficar por conta dos Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, onde a temperatura deve ficar perto da normalidade. O mês de julho deve ser frio no Sul, Sudeste e Centro-Oeste. “Porém, em agosto e em setembro, o frio mais intenso ficará restrito ao Rio Grande do Sul e Santa Catarina”, prevê Liliane.
Confira também: Para dias frios, um bom mate e o fogão a lenha.