O pedreiro Vilmar Alves da Silva, 53 anos, é natural de Três Passos. Depois de morar por um período em cidades como Porto Alegre e Arroio do Meio veio em 1996 para Venâncio Aires. Atualmente, mora no bairro Bela Vista, na Vila Tatá, mas já residiu na Coronel Brito e Gressler. é casado com Cláudia Regina da Silva. O casal tem três filhos: Cristiano, Alexssandro e Kelin. Há mais de dez anos, Vilmar atua na profissão.
Por que você veio morar em Venâncio Aires?Lá em Três Passos era uma região de pouco trabalho, havia mais a área rural. E como a família era grande e tinha pouca terra, fui para Porto Alegre em 1982. Casei e fomos morar em Arroio do Meio. Lá trabalhei em uma fábrica de rações. No ano de 1996, viemos para Venâncio. Gosto de morar aqui. As pessoas são boas de conviver, o povo é receptivo. Em qualquer lugar que vamos, somos bem recebidos, temos o livre acesso de ir e vir. O que dificulta são os assaltos, furtos e roubos que não aconteciam da forma como é hoje. Mas, além dos órgãos de segurança pública, se cada um fizesse a sua parte, poderíamos viver melhor. Juntos somos fortes.
Qual foi o primeiro bairro que você morou quando veio para cá?Primeiro moramos na Coronel Brito e depois no bairro Gressler, no Xangri-lá. Há 15 anos e meio moro na Bela Vista, na Vila Tatá. Comprei um terreno lá, mas faltava infraestrutura. Aos poucos, fui construindo a nossa casa. Não tive casa própria até morar onde estou hoje.
O que precisa melhorar no bairro em que mora hoje?Na Vila Tatá, falta infraestrutura. Não temos saneamento básico, esgoto cloacal, nem pluvial. Tem casas que tem esgoto a céu aberto. Para passar no acesso que dá para Vila Arlindo é difícil, principalmente, em dias de chuva, porque tem buracos, barros e os carros quebram. é quase impossível transitar em dias de chuva. O estado é degradante. Mas, o principal problema é o saneamento básico. Sabemos que a prefeitura não pode fazer tudo ao mesmo tempo, mas gostaria que dessem uma atenção especial aos bairros mais afastados, como o nosso. Também não temos mercado, nem lojas. Precisamos vir para o centro para comprar.
O que tem de bom no bairro?Temos uma boa vizinhança. Os vizinhos são bons. Sempre digo que nós que fizemos o local onde moramos. Sou da lei da boa vizinhança, faço aos outros o que quero que façam para mim. Se não pudemos ajudar, não devemos atrapalhar. E devemos ser honestos sempre.
Como você avalia o desenvolvimento dos bairros do município?O crescimento é exuberante em Venâncio. Nos últimos tempos, sabemos que algumas obras pararam em função da falta de repasse de verbas do Governo Federal. Lá no Gressler, onde morei, mudou muito. As pessoas por si mesmas vão melhorando o seu local de moradia, porque cada um quer um local adequado. Aqui em Venâncio eu trabalhei em quase todos os bairros e no interior. Os locais desenvolveram muito. Venâncio Aires é uma cidade promissora, mas sempre podemos também mudar a maneira de agir e pensar para melhor.
A sua profissão permite conhecer muitas regiões da cidade. Você gosta do que faz?Já fui eletricista industrial também. Mas, como tenho pedreiros na família optei por isso há mais de dez anos. é gratificante e uma satisfação poder alegrar as pessoas com a construção da casa própria ou reforma na moradia. Faço do alicerce ao telhado.
Qual a mensagem que deixa para as pessoas?Sempre temos algo a aprender e devemos fazer aos outros o que queremos que façam para nós.