“Conseguiram instalar o caos no Rio Grande do Sul”

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A afirmação é do presidente da Federação das Indústrias do RS (Fiergs), Heitor José Müller. Segundo ele, sem poder ainda levar suínos e frangos para abate, os proprietários terão que fazer o descarte. Rodovias e agora até estradas secundárias permaneciam bloqueadas por caminhoneiros ontem, mesmo depois de uma primeira negociação com o governo. Nas contas da Fiergs havia 75 pontos de interrupção no RS. O dirigente diz que é impossível neste momento quantificar prejuízos, e que serão necessários 90 dias até que isso seja possível. “Talvez se terá uma avaliação a médio prazo.”

MENOS IMPOSTOSO presidente da Fiergs lembra que mesmo após encerrada a manifestação nas estradas, os efeitos ainda serão sentidos. Um deles poderá ser a redução de impostos recolhidos, como o ICMS, já que sem transporte não há produtos para comercialização. Na indústria, a mais prejudicada com os protestos tem sido a do setor agropecuário, porque as cargas são perecíveis. Para outras empresas, como as da construção civil, o risco é se faltar matéria-prima como cimento e barras de ferro. Mas há dificuldades ainda com embalagens e peças para manufatura. Para Müller, as indústrias, que já têm sido penalizadas com o baixo crescimento da economia, podem enfrentar situação ainda mais difícil. “Vai ter empresas fechando.”O dirigente diz que o quadro se agravou porque se antes os motoristas ainda conseguiam escoar a produção usando estradas alternativas, em algumas localidades, agora já não conseguem mais porque começaram a ser bloqueadas também. O empresário manifesta ainda como agravante a falta de uma liderança com quem o governo possa negociar e dar fim à manifestação. 

    

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