Já é possível notar a movimentação nos supermercados de Venâncio devido às compras para a ceia de Natal. Em meio às prateleiras, os consumidores escolhem com carinho os produtos que não podem faltar. Mesmo que alguns itens pesem, desta vez, mais no bolso em relação ao ano anterior, o chester, champanhe, frutas e panetones estão garantidos nas listas de compras das pessoas entrevistadas pela reportagem.
Conforme Roderlei Lenz, comprador de um dos supermercados de Venâncio, neste ano, nota-se que os consumidores não deixam de comprar os alimentos para a ceia, mas a maioria opta por economizar e comprar os produtos mais baratos. Os importados, como castanhas e ameixas, segundo Lenz, não estão entre os preferidos, pois não são comercializados na mesma quantidade do ano anterior. “Os produtos no geral são comprados na mesma proporção que no ano passado, o que ocorre é que aqueles com um valor mais elevado não têm tanta saída”, comenta.
PESO NO BOLSO
Embora a ceia esteja mais cara, as pessoas não deixam de comprar os itens e, com isso, mantêm a tradição. Na manhã de ontem, por exemplo, pelos corredores de um dos supermercados de Venâncio, estava a aposentada Otília Wacholz, 53 anos, com o filho Luis Felipe, 12 anos. No local, estavam atentos aos preços dos produtos a serem consumidos na ceia de Natal. Segundo ela, panetone, frutas, uvas passa e o frango são essenciais, mas, para Otília, os itens ficaram mais caros em relação ao ano anterior, o que pesa ainda mais no bolso. Desta vez, ela pretende economizar e deseja gastar, com as compras da ceia, no máximo, R$ 100.
A opinião da aposentada Sirlei Bijagran, 70 anos, não é muito diferente. Para ela, tudo ‘subiu de preço’, mas quem, neste ano tornou-se o dodói, foi o panetone. Como Sirlei pretende fazer uma ceia na véspera de Natal e também uma confraternização no almoço do dia 25, a solução encontrada para não gastar tanto, foi comprar todos os produtos necessários, mas com um preço menor. “Eu não deixei de pesquisar os preços. Em relação ao ano passado, desta vez deu empate nos preços, mas perdi um pouco na qualidade”, conta.
Para a aposentada, que faz ceia de Natal todos os anos, o chester é sagrado. “O preço aumentou, mas não tanto. O que noto que estão mais caros são os alimentos do dia a dia”, comenta.
SOLIDARIEDADETambém entre as prateleiras do supermercado, estava, na manhã de ontem, Nair Lucas Schimitt, 78 anos. Com a solidariedade sempre presente no coração, ela conta que, neste ano, devido a uma promessa, resolveu ajudar, com um rancho de alimentos, duas pessoas carentes. Por este motivo, a ceia de Natal de Nair será mais simples do que na última vez: “Se a gente tem como ajudar, por que não ajudar? Eu vou fazer uma ceia bem simples, nada de luxo.”
Ela ressalta que ainda não comprou todos os itens necessários para a ceia, mas que dedicará parte do dia de hoje para isso. Economizar também está nos planos de Nair e, na lista, sem falta, estarão as frutas, o peru e as castanhas.
QUANTO CUSTA?
A ceia de Natal, para muitas pessoas, é o instante para reunir toda a família e, por isso, o cardápio precisa ser especial. Alguns itens, como panetone, espumantes e aves natalinas, não podem faltar neste momento. Ao pensar nisso, a reportagem da Folha do Mate foi até um supermercado para verificar a média de preços desses produtos. Confira a seguir:
Chester: R$ 50 a avePeru: R$ 50 a aveAves menores: R$ 35Panetone: de R$ 6 a R$ 39Espumante: R$ 17,90 a R$ 39Champanhe filtrado: R$ 6 a R$ 8,90Caixa de bombons: R$ 6,40 a R$ 9