Desativadas há pelo menos seis meses devido a falta de repasses federais e orçamento público para manutenção, as 20 câmeras de videomonitoramento instaladas no centro e principais rotas de saída de Venâncio Aires foram pauta de reunião do Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGI-M), na última quarta-feira, 1º, na Prefeitura. Com a participação de autoridades municipais, Polícia Civil, Brigada Militar e representantes da sociedade, o grupo debateu alternativas para a reativação do sistema considerado fundamental para a segurança pública local.
Instaladas em 2012, o sistema de monitoramento eletrônico na cidade contou com investimentos superiores a R$ 620 mil. A falta de manutenção permanente e intempéries climáticas, no entanto, prejudicaram o funcionamento do sistema que, para ser reativado, precisa de investimentos orçados em até R$ 80 mil. Durante reunião que contou com a participação da sociedade civil através da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Venâncio Aires (Caciva), Conselho Pró-Segurança Pública (Consepro), Amigos da Brigada Militar e Grupo de Apoio a Polícia Civil (GAP), o grupo destacou a importância de reativar o monitoramento, especialmente quando o comércio percebe o aumento de pequenos furtos no centro da cidade.
O delegado Vinícius Lourenço de Assunção e o comandante do 23º Batalhão de Polícia Militar (BPM), major Ailton Pereira Azevedo ressaltaram a contribuição do sistema de videomonitoramento, não apenas na elucidação de crimes, como já aconteceu na cidade, mas na prevenção e na sensação de segurança que garante aos munícipes e ao comércio atingido pelo equipamento. “O sistema traz uma resposta muito boa para a BM. Costumamos dizer que uma câmera equivale a quatro policiais, pois trabalha 24 horas vigiando um ângulo de 360 graus”, depôs o major Azevedo.
O sistema de videomonitoramento em Venâncio Aires possui câmeras com zoom de 500 metros espalhadas em pontos considerados estratégicos pelos órgãos de segurança. Das 20 câmeras, 10 são operadas por sistema de rádio e outras 10 por rede de cabos de fibra ótica. A central de monitoramento está localizada no quartel da Brigada Militar.
Durante o encontro, a Administração Municipal propôs um termo de parceria com a sociedade civil, repassando através de comodato os equipamentos do atual sistema para uma entidade de apoio à segurança pública ou Caciva. Além disso, o Município compromete-se com o repasse de até R$ 20 mil para contribuir no conserto e reativação do sistema. “Queremos buscar uma solução para esse problema. Mesmo com todas as dificuldades do Município e, tratando-se a segurança pública de um dever do Estado, nós estamos aqui para nos unir, convocando a sociedade para resolver esse problema”, salientou o prefeito Airton Artus.
A presidente da Caciva, Fabiana Bergamaschi, ressaltou a necessidade de conhecer profundamente a situação dos equipamentos, buscar novos orçamentos e alternativas de uso. Ela deve convocar uma reunião com empresários e órgãos de apoio à segurança nos próximos dias para debater a proposta da Administração Municipal, bem como possíveis métodos para angariar recursos para reativação e manutenção dos equipamentos.