A reunião da Câmara de Vereadores desta segunda-feira, 6, contou com a presença dos coordenadores da Festa Nacional do Chimarrão (Fenachim). A participação de Celso Artus, Giovane Wickert e Hélio Lawall foi pedida pela Mesa Diretora da Casa, buscando responder dúvidas dos vereadores, em especial aos parlamentares de oposição que solicitaram abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).

A oportunidade para questionamentos foi marcado por discussões mas não teve aproveitamento pela falta de perguntas consistentes dos vereadores. Segundo a bancada oposicionista, a proposta de debate não teve o objetivo de compor a comissão parlamentar, já que a forma de discussão expõe os membros da coordenação do evento.

Durante o período de tribuna, Lawall, Wickert e Celso Artus explicaram as suas funções na organização do evento. Ronald Artus, coordenador de infraestrutura, não participou da reunião, por problemas de saúde.

Perguntas sobre o prejuízo registrado no evento e a necessidade de aportes extras do Município para fechar as contas da festa, nortearam os debates. Entretanto, os membros da coordenação defenderam a Fenachim e destacaram a necessidade de um evento deste porte na cidade, para divulgar Venâncio Aires.

Entre as manifestações, Vilson Gauer (PT) questionou o descontrole das contas e a forma de gestão para a realização da festa. “Como um evento do porte da Fenachim pode dar um prejuízo tão grande? Colocar a culpa no tempo não é possível.” Em resposta, Hélio Lawall afirmou que a festa não foi criada visando lucro, e sim promover a cidade. “Um evento deste porte não tem como foco principal o lucro, mas sim receber bem os nossos visitantes. Maior ganho é a divulgação do nosso município. Quando se fala em CPI se pressupõe dúvida. Não existe má intenção, somos éticos.”

Celso Artus, em nome da organização da festa solicitou aos vereadores de oposição auxílio na organização da festa, e não o fim do evento. “Não estraguem a Fenachim e não estraguem o município de Venâncio Aires.”

O vice-prefeito, Giovane, destacou pontos que podem ser melhorados na gestão do evento, em especial mais tempo para a organização. “é preciso de prazo para a busca por recursos, um ano de antecedência no minimo, já que a organização orçamentária das empresas demanda maior tempo. Quanto mais a sociedade conseguir se envolver na organização, mas rica será a nossa Fenachim.”

O destaque das manifestações ficou para a fala do líder do PDT, Telmo Kist, que elogiou o trabalho dos voluntários durante os dias da festa, e destacou que a abertura de uma CPI só prejudica o seguimento do evento. “Os voluntários que se dedicaram tanto a esta festa não merecem este tipo de inquérito. Qual empresário vai doar dinheiro para ajudar a Fenachim depois de uma CPI?”

Comissão 

Ficou para a próxima segunda-feira, 13, novos desdobramentos da instalação da CPI da Fenachim. Dois nomes já foram indicados para compor a comissão. Gerson Ruppenthal, foi nomeado pela bancada do PDT. José Ademar Melchior foi o indicado pelo PMDB. Os membros da bancada de oposição podem indicar mais um nome, entretanto, na reunião desta semana, PT e PTB, protocolaram um nome cada, o de Celso Krämer e José Cândido Faleiro Neto. Porém, caberá aos três partidos de oposição, juntamente com o PP, de Eduardo Kappel, entrar em consenso e fazer a indicação de um membro.