Em assembleia geral realizada na tarde de hoje, o Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers) aprovou greve por tempo indeterminado a partir de 20 de dezembro e, como forma de protesto, as notas dos alunos não devem ser entregues à Secretaria de Educação.
A medida será adotada caso o Governo do Estado não efetue o pagamento do 13º e ponha fim ao parcelamento de salários. Para obter resultados, o Cpers aposta na tática de colocar pressão sobre o governador José Ivo Sartori, que já é alvo de pedido de impeachment por parte do sindicato.
Caso a greve se confirme a partir de 20 de dezembro, o início do próximo ano letivo não estará garantido. A decisão poderá ser reavaliada em nova assembleia da categoria marcada para 8 de dezembro, mas só deve ser cancelada se o Governo do Estado pagar o magistério em dia no próximo mês.
Cerca de 1,5 mil professores participaram da assembleia geral ocorrida no Ginásio Gigantinho, em Porto Alegre. Antes disso, os 42 núcleos do Cpers já haviam realizado assembleias regionais para ouvir a opinião da base sobre decretar greve já a partir deste ano ou somente em 2017.
No 18º Núcleo do Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers), com sede em Santa Cruz do Sul, a preferência foi pela proposta de paralisar no próximo ano, mas o diretor do Núcleo, Renato Aldo Müller, destacou que a regional acataria o que fosse decidido pela maioria na assembleia geral ocorrida hoje.