A Câmara de Vereadores promete ter movimento diferente nos próximas dias. A previsão dos membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), sobre as contas da Fenachim, é de iniciar a coleta de depoimentos em até sete dias. As reuniões do grupo irão ocorrer nas terças-feiras, às 9h.
Após definição dos membros da CPI, responsáveis por realizar os trabalhos ao longo dos próximos 120 dias, a promessa do grupo é de garantir resultados efetivos para a comissão. Presidida por José Ademar Melchior (PMDB), Gerson Ruppenthal (PDT), relator e membro Celso Krämer (PTB), a proposta é ouvir coordenadores e pessoas envolvidas na organização da Festa Nacional do Chimarrão, a partir do dia 16.
Além dos parlamentares, servidores do Legislativo Municipal e assessores irão integrar os trabalhos. “Queremos trabalhar a partir do dia 16, e começar a ouvir pessoas que serão chamadas pelo grupo a partir da próxima semana,” explica Zecão.
Segundo o presidente da comissão, não há definição dos primeiros nomes que serão convocados para prestar esclarecimentos. Além disso, ele destaca que assumiu a presidência da CPI, com o objetivo de evitar envolvimento partidário. “A proposta é de realizar um trabalho técnico, sem politicagem, para buscar resultados efetivos sobre as contas da festa.”
Segundo o relator, a proposta é de garantir diálogo aberto, evitando interesses políticos. Ruppenthal destaca que uma lista de nomes para serem chamadas às reuniões, será repassada por Krämer. “Esse pedido foi uma estratégia de alguns vereadores para aparecer na mídia. Estamos aguardando o proponente desta CPI nos encaminhar uma lista de pessoas que poderão ser ouvidas. Também faremos outros chamamentos, com o objetivo de garantir um trabalho transparente.”
Relatório paralelo
único integrante da bancada de oposição na CPI, Celso Krämer, promete realizar um relatório paralelo para garantir mais visões aos depoimentos feitos durante as reuniões da comissão. Segundo o vereador, pelo menos 12 pessoas podem ser chamadas para prestar depoimento. “A composição da CPI foi injusta, dois vereadores de situação ficaram na presidência e na relatoria, por isso quero realizar um relatório independente, e sugerir nomes que poderão ser chamados para prestar esclarecimentos.”
Conforme o parlamentar, a proposta da CPI é de promover investigação sobre as contas do evento, e garantir seriedade no trabalho. “A dúvida é saber se o presidente e o relator querem também realizar este trabalho com seriedade. A comunidade quer saber se houve problemas no caixa da festa, por isso, propusemos a realização desta comissão”, argumenta.