crescimento da cadeia produtiva do peixe em Venâncio Aires. Foi com este objetivo que no dia 3 de maio de 1994, foi fundada a Associação dos Piscicultores de Venâncio Aires (Apiva) e que no momento, enfrenta a concorrência de peixes oriundos de fora do município.
Entre os tantos gargalos enfrentados pelos piscicultores associados da Apiva e que afetam diretamente o crescimento do setor em Venâncio Aires, é a comercialização de peixe sem procedência, denominado também pela Apiva de ´clandestino`. O assunto pautou a reunião da associação, realizada na noite da sexta-feira, 6, na sua sede localizada no Parque Municipal do Chimarrão. Embora não tenham dados mais concretos, o presidente da Apiva Itor Coutinho, acredita que grande parte do pescado comercializado em Venâncio Aires é sem procedência e com isto, o peixe dos piscicultores legalizados e que têm um produto de qualidade, fica encalhado nos açudes. Coutinho trouxe exemplos de que filé de traíra que vem de fora e sem nota fiscal, é comercializado a R$ 14 o quilo, enquanto o quilo de filé das diversas espécies criadas pelos associados da Apiva custa entre R$ 19 e R$ 22.
Secretário
A reunião contou com a presença do secretário municipal de Agricultura André Kaufmann, que também é sócio e secretário da Apiva. Coutinho solicitou o auxílio de Kaufmann para que a haja uma fiscalização mais rigorosa por parte da Administração Municipal para coibir a comercialização do pescado sem procedência. Kaufmann garantiu o apoio e acrescentou que uma das dificuldades para a expansão do setor é a desinformação dos produtores, pois muitos ainda não licenciaram os seus açudes e acreditam que a Apiva compra peixe. “A Apiva apenas gerencia a venda do pescado dos associados”, salientou. Kaufmann garantiu que à frente da secretaria, incentivará os produtores a se associarem à Apiva, para fortalecer a entidade e toda a cadeia produtiva.