Após dois anos sem dedetização, cupins tomam conta da Biblioteca

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As mesmas prateleiras que receberam os primeiros livros do prédio da Osvaldo Aranha da Biblioteca Pública são as que estão, até hoje, no local. Há dois anos, o espaço está sem receber dedetização e os cupins já tomam conta das estantes e do assoalho. “Por enquanto eles estão somente na estante”, observa a bibliotecária Rosaria Costa, que não esconde o medo de que os insetos ataquem algumas das 20 mil obras.

Ela relembra que a última manutenção feita na Biblioteca foi em 2014, com um recurso de R$ 55 mil destinado para a modernização. “Metade do recurso era para a compra de livros”, completa Rosaria. O restante do valor foi usado para substituição das mesas de estudo, cadeiras e instalação de quatro computadores – atualmente dois estão estragados e aguardam conserto.

Além disso, quando houve a substituição das lâmpadas fluorescentes foi necessário fazer a pintura do teto, o que foi executado apenas no local onde estavam as lâmpadas e ficou visível a diferença de cores brancas. Das oito lâmpadas que estão no salão principal da Biblioteca, uma está queimada, bem como a do banheiro utilizado pelo público. “Desde que está sendo feita a reforma na praça, as pessoas entram aqui e pedem pra utilizar o banheiro”, conta.

Rosaria fala sobre a importância do retorno dos livros e também da manutenção do espaço (Foto: Ana Carolina Becker/Folha do Mate)

Não bastassem esses problemas já enfrentados pela Biblioteca, a compra de novos livros só é possível com recursos arrecadados a partir de pagamento de novos sócios, multas e renovações. Neste ano, por exemplo, somente 88 livros foram comprados e tiveram o custo de R$ 3,3 mil, sendo que é necessário sempre fazer três orçamentos antes de efetuar a compra.

O secretário de Cultura e Esportes, Henrique Silva, afirmou que está prevista para 2020 uma dedetização da Biblioteca, bem como a manutenção no piso que também tem cupins. “Os computadores estão aguardando a compra das fontes, a iluminação está sendo providenciada”, justifica.

DO PRÓPRIO BOLSO

Rosaria conta que a cadeira da sala que utiliza para fazer a catalogação dos livros foi comprada com dinheiro próprio, assim como a estante branca e o trem colorido da seção infantil de livros. O apoio de pés, embaixo do computador que utiliza, foi construído pelo marido.

FLUXO

  • O fluxo de pessoas na Biblioteca é elevado. O número de moradores em situação de rua que utilizam do espaço da Biblioteca durante o dia, que aumenta em dias de chuva, fez a Biblioteca ser incluída pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) na rede de apoio a estas pessoas, que realizam leitura e usam as redes socais.

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