Foi ao som da flauta transversa do avô Alfredo Schuh (in memorian), do acordeón do pai Ruy Luiz Henz e da voz da mãe Glacy, que André Luiz Henz criou gosto pela música e deixou que o contrabaixo lhe escolhesse para a vida.
Nino, para os íntimos, tem 41 anos e cresceu rodeado por uma família talentosa para a música. Ainda na infância, o primeiro contato foi com o violão aos seis anos. “Como meu pai toca acordeón, comecei acompanhando ele em festas da família Schuh, sobrenome do meu avô materno que era músico também”, conta. Além deles, os tios maternos também cantam e são envoldidos com coros, inclusive, a mãe de Nino. “Então tenho a música de berço e desde muito cedo em minha vida profissional. Aos 13 anos já tocava em grupos de baile e desde então não parei mais”, recorda.
Natural de Mato Leitão, o músico conta que a paixão pelo contrabaixo surgiu quando presenciou um amigo do pai, Arly Hart, tocando o instrumento. “Nem sabia o que era, mas aquilo me chamou muito a atenção e decidi ser contrabaixista”, enfatiza. Além de Arly, Nino também tinha o avô que, quando jovem, tocou contrabaixo acústico. “Coincidência ou não é o instrumento que escolhi, ou melhor, ele que me escolheu.”
Atualmente, o contrabaixista está concluindo o curso de Bacharelado em Contrabaixo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O desejo é poder continuar vivendo honestamente a partir do seu trabalho, “que a música e os músicos verdadeiramente profissionais tenham um reconhecimento merecido, pois é de fundamental importância na vida de qualquer ser humano. Já pensou o que seria o rádio, a tv, o cinema e a você sem a música?”, questiona. Para ele, fazer música é um sentimento de alegria, satisfação, prazer em fazer aquilo que gostar e ter isso como profissão. “E é claro que o que mais me satisfaz além disso é olhar para as pessoas e ver nelas um semblante de satisfação”, revela.
Questionado sobre o sonho máximo dentro da carreira, aponta: “Na minha opinião não existe um sonho máximo”, salienta. Segundo ele, gosta de viver cada dia, procurando sempre ser melhor hoje do que ontem. “Acho que aí está o grande segredo dos bons profissionais, não podemos parar no tempo.”
Recital neste domingoOcorre neste domingo, a partir das 19h30min, na Igreja Evangélica de Venâncio Aires um recital de com entrada franca. O evento terá arrecadação de leite para a Liga Feminina de Combate ao Câncer.
O recital realizado neste domingo tem relação com o trabalho de conclusão de curso de Nino. “Este recital é um prévia do meu recital de graduação e será gravado e enviado para uma banca examinadora, e se aprovado, posso fazer meu recital de conclusão na Universidade”, conta.
Durante o recital, estarão disponíveis, também, alguns trabalhos que Nino gravou. O Dvd Canto e Encanto Nativo 3, com participação de César Oliveira e Rogério Melo, Bonitinho, Joca Martins, Oswaldir e Carlos Magrão, Daniel Torres, também o CD do acordeonista Oscar dos Reis, o CD instrumental Triacustico do qual faz parte como contrabaixista.