
Natural de Centro Linha Brasil, Adelânio Ruppenthal, 55 anos, foi eleito como vereador para a legislatura 2017/20. Depois de quatro anos, ele retorna ao Legislativo com o objetivo de seguir apoiando as comunidades, principalmente do interior e, ser um interlocutor do poder público aos anseios da população.
Ainda jovem, Adelânio saiu de Venâncio Aires e foi morar em Minas do Butiá, onde foi criado pela família Hofstadter. De lá, foi servir no quartel em Porto Alegre, na Companhia de Guardas. Depois, por quase seis anos, serviu no 19º Batalhão de Infantaria Motorizado de São Leopoldo. Ao retornar à Capital do Chimarrão, fixou residência em Linha Marechal Floriano onde mora até hoje com a esposa Leila da Silva com que teve dois filhos: Carolina e Adrian. Na localidade ele mantém a sede da sua empresa de comercialização de cédulas, moedas e selos antigos. A numismática se tornou uma de suas grandes marcas, pela qual viaja para inúmeros países como Itália, Alemanha, Portugal, além do Brasil todo, onde participa de feiras do segmento.
A política em sua vidaFoi durante um encontro no gabinete do então deputado Elmar Schneider (PMDB) com o ex-prefeito de Venâncio, Almedo Dettenborn, que Adelânio recebeu o convite para participar da política e trabalhar na campanha que buscava a reeleição do então prefeito, Celso Artus.
Com a aproximação do partido e também de lideranças comunitárias de Venâncio, como Asuir Silberschlag, Adelânio decidiu seguir o mesmo caminho e, em 2004 decidiu se candidatar a vereador pelo PMDB. “No meu primeiro ano como vereador, mesmo estando na oposição, tive a felicidade de ser presidente da Câmara e unir todos os vereadores para, a partir de então, trabalhar para que a política começasse a mudar, pois não havia ano que não tinha ranço, brigas.”
Ruppenthal lembra que, em sua gestão, muitas coisas foram conquistadas para a Câmara, como a ampliação do prédio que permitiu que cada vereador tivesse sua sala, assim como a inclusão de emendas de vereadores no orçamento municipal. “Mas depois a política foi decaindo e virou algo que não condizia com meus princípios e, por isso, me retirei por um tempo.”
No ano passado, em julho, Ruppenthal filiou-se ao PSB, pelo qual foi eleito vereador. “Com o início das tratativas para o pleito deste ano, iniciou um movimento forte por alguns empresários para que se formasse uma terceira via. Chegou-se a lançar minha pré-candidatura a prefeito, mas alinhavando as ideias e conversando chegamos a conclusão de que o Giovane era o mais preparado.” Decidido a lançar Giovane Wickert como candidato a prefeito, o partido cogitou a hipótese de Adelânio ser o vice na então chapa pura. “Achei que exigir isso não seria coerente da minha parte, mas sim alinhar com outros partidos e acabei abrindo mão para me candidatar a vereador”, conta ele. “Sabia que o pleito seria muito difícil, porque quando se sai por quatro anos e se tenta voltar, perde-se uma estrutura, como por exemplo cabos eleitorais. Mas graças a Deus, depois do trabalho feito em oito anos como vereador, as comunidades reconheceram e consegui me eleger”, comemora.
Foi eleito. E agora?
Adelânio a partir de janeiro integra o grupo de oito vereadores da situação. Mas, apesar de integrar a coligação vencedora, ele atenta que será preciso um intenso trabalho de busca por emendas de deputados federais e estaduais. “Sabemos que mudou muita coisa em Brasília, mas as emendas estão lá, cada deputado tem seu valor anual que pode destinar e vamos trabalhar para que venham recursos para cá. Nosso partido, em específico tem o deputado federal Heitor Schuch, que fez quase oito mil votos aqui e que tem que trabalhar por nós. Se não trabalhar, vamos buscar com outro.”
Entre seus planos para o período que estiver na Câmara, além de ser um interlocutor, quer levar as comissões da Casa para as comunidades. “Quero continuar trabalhando junto com as comunidades que são carentes e precisam da ajuda de um interlocutor. Isso pode ser feito perfeitamente com as comissões existentes na Câmara, como a da Constituição e Justiça, de Obras, Agricultura.”
Ele ainda acrescenta que o vereador também pode sugerir emendas ao orçamento. “O vereador pode ser um meio de campo com as comunidades, aliviando um pouco da pressão do prefeito e pode desenvolver um melhor trabalho. Então, no fim do ano acrescenta no orçamento as necessidades levantadas, pois hoje o vereador não é só para dizer sim ou não a um projeto na Câmara.”
Ruppenthal também assegura que durante sua legislatura cederá espaço para os suplentes. “Sou muito favorável que a cada ano seja cedido um espaço de alguns meses para o suplente. Não nos elegemos sozinhos, então espero que cada vereador eleito faça um rodízio. Eu vou ceder meu lugar, ao menos duas a três vezes por ano para meus suplentes.”