Com informações de Governo do Estado.

A experiência da cidade de Lajeado no acolhimento de imigrantes está servindo como base para a Secretaria do Trabalho e do Desenvolvimento Social (STDS), através da Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS), para a elaboração do conjunto de políticas públicas que o Executivo gaúcho deve disponibilizar no atendimento às populações que têm chegado ao Estado para viver e trabalhar.Nesta sexta-feira, uma reunião no gabinete do prefeito, Luís Fernando Schmidt, contou com representantes das secretarias municipais, de segmentos sociais, empresariais e universitário para o debate sobre o tema. No encontro, foi ouvido o relato do haitiano Renel Simon e do nigeriano Olaleka Akinbobola.Segundo eles, entre as dificuldades enfrentadas pelos mais de mil imigrantes que vivem na cidade, estão questões relativas à moradia, validação de documentos, acesso ao mercado de trabalho e aos estudos. “Para alugarmos um local para morar, não conseguimos fiador. Se já é difícil para os brasileiros, para os estrangeiros a barreira é ainda maior”, exemplificou Renel.Conforme o diretor técnico da FGTAS, Pedro Francisco da Silva Filho, será feito um levantamento dos imigrantes com curso superior ou titulação reconhecida. A intenção é validar os documentos junto ao governo federal e permitir que tenham acesso às vagas de trabalho em suas profissões. “Há economistas, professores, enfermeiros, engenheiros e tantos outros e outras que podem contribuir diretamente em suas áreas de atuação”, apontou.O secretário do Trabalho e do Desenvolvimento Social, Miki Breier, informou que irá buscar junto ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul a validação da certidão de negativa emitida pelas embaixadas em substituição à certidão de nascimento, exigida em casos para a celebração de matrimônio, por exemplo. “O relato é de que atualmente a certidão de nascimento custa em média R$ 500 e demora mais de seis meses para ser entregue. A certidão negativa é menos onerosa e disponibilizada em prazo bem menor”, apontou.Entre as deliberações do encontro, também ficou acertada a criação de um Grupo de Trabalho para acompanhar as demandas e propor ações, que será composto pelas representações da STDS e da Assistência Social na região, prefeitura municipal, empresários, comerciantes, entidades de ensino e imigrantes.