O presidente da Comissão Especial do Impeachment, Rogério Rosso (PSD-DF) conseguiu fechar um acordo com os líderes dos partidos para delimitar prazo para manifestações sobre parecer do relatório de Jovair Arantes (PTB-GO). A reunião que iniciou às 15h e poderá se estender até, no máximos, às 3h da madrugada deste sábado será a única oportunidade para os 133 deputados inscritos se manifestarem sobre o documento.
Pelo Regimento da Câmara, cada um dos 130 integrantes da comissão (65 titulares e 65 suplentes) tem direito de se pronunciar durante 15 minutos. Os que não integram o colegiado podem falar durante 10 minutos.O relatório entra em votação na segunda-feira, na sessão prevista para iniciar às 10h e que pode demorar cinco horas. O processo começa com a manifestação de líderes, que têm 15 minutos de fala, seguida pelas orientações de bancada e encaminhamentos, o que pode levar de quatro a cinco horas. Segundo Rosso, ao final dos debates será concedido um tempo para que um representante da Advogacia Geral da União faça a defesa da presidente Dilma. Após essa etapa, o colegiado votará o relatório apresentado por Arantes. Ao todo, 65 parlamentares votam – se o titular não estiver presente, o suplente pode votar no lugar.O presidente da Comissão rejeitou reclamação feita por deputados governistas que apontaram abordagem de temas no parecer que não fazem parte da denúncia contra a presidente Dilma, como as pedaladas de 2014.O resultado da votação será lido na próxima sessão ordinária do plenário da Câmara, o que deve ocorrer na terça-feira (12), para que seja publicado no Diário da Casa no dia seguinte. Quarenta e oito horas depois, o parecer entra na Ordem do Dia da Casa para ser discutido e votado pelos 513 deputados. Qualquer decisão, precisa de dois terços dos votos.
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60% dos deputados são favoráveis ao impeachmentUm levantamento feito pelo Datafolha entre os dias 21 de março e 7 de abril aponta que 60% dos deputados votarão a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff no Plenário da Câmara dos Deputados. Para o processo ter continuidade e seguir para o Senado será necessário que 67% dos parlamentares votem favoráveis a abertura do processo, totalizando 342 votos para ter continuidade.Segundo o Datafolha, 21% dos parlamentares são contra o impeachment de Dilma. Para a presidente permanecer no cargo ela precisará que 172 não votem pelo processo. As projeções do instituto foram feitas levando em consideração 513 votantes, já que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) que também votará. A pesquisa aponta que 18% dos deputados ainda estão indecisos.