O delegado Paulo César Schirrmann concluiu e encaminhou ao Poder Judiciário, ontem à tarde, o inquérito policial que apura o assalto praticado contra uma relojoaria, na tarde do dia 9 passado, no centro de Venâncio Aires. Três indivíduos foram presos em flagrante e parte das joias recuperadas. A Brigada Militar também apreendeu um revólver com a numeração raspada e duas motocicletas.
O inquérito foi concluído dentro do prazo previsto para casos em que há réus presos – dez dias. Na ação desencadeada após o assalto, brigadianos seguiram pistas e chegaram até uma casa, no bairro Bela Vista. No local prenderam Deivid Ricardo da Silva, 26 anos, morador de Santa Cruz do Sul, Fábio Roberto Brun, 23 anos, que morava com a companheira e um filho naquele local, e Gilberto Fernando Ferreira, 25 anos, que cumpria prisão em regime semiaberto no Presídio Estadual de Lajeado, onde só precisava passar a noite.
Dentro da casa os brigadianos encontraram parte das joias roubadas, duas motos e um revólver. A arma estava dentro do lixo, no banheiro. Testemunhas do assalto reconheceram o revólver calibre 38, de seis polegadas, como sendo a usada no roubo. Também identificaram Brun como sendo o indivíduo que invadiu a relojoaria com a arma em punho para roubar as joias. Deivid é apontado como o indivíduo que permaneceu sobre a moto Honda vermelha, usada para chegar e fugir da relojoaria.Para a polícia, Ferreira é o mentor do assalto. “Ele não teve participação direta, não foi até a relojoaria, mas foi preso em flagrante logo após o crime, dentro da casa onde estavam os outros dois indivíduos, parte das joias, as duas motos e a arma”, explicou o delegado
INDICIAMENTOS
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Conforme Schirrmann, Brun, Da Silva e Ferreira foram indiciados por assalto com concurso de agentes e uso de arma de fogo. Por isso, a pena, que varia de quatro a dez anos de reclusão, pode ser acrescida de um terço ou de até a metade.Brun também foi indiciado por posse ilegal de arma raspada. A pena para este tipo de crime varia de três a seis anos de reclusão. A polícia tem informações que uma arma com as mesmas características – e que foi reconhecida por vítimas – foi usada em outros dois assaltos a relojoarias da cidade.
Schirrmann ressalta que ainda um quarto indivíduo poderá ser denunciado no decorrer do processo. Ele é o proprietário das duas motos que estão recolhidas desde o dia do crime. Uma delas, de cor vermelho, teria sido usada no assalto; a outra, cor preto, foi usada por Ferreira para ir até a casa onde estavam os outros dois indivíduos.
à polícia, o indivíduo negou participação nos crimes, alegando que apenas emprestou as motos. “Mas isso será esclarecido no decorrer do processo, com os depoimentos dos envolvidos”, diz o delegado.
