Os dois primeiros dias de discussões na Conferência das Partes da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco foi alvo de criticas dos deputados estaduais que integram a comitiva em defesa da cadeia produtiva. Além de barrar o público de assistir as plenárias, agora foi a vez da imprensa ter acesso ao evento bloqueado. Tal posicionamento foi alvo de criticas dos parlamentares, Marcelo Moraes (PTB), Pedro Pereira (PSDB) e Adolfo Brito (PP), que prontamente fizeram contato com outros deputados e senadores, para denunciar o descaso em não ouvir os representantes da Assembleia Legislativa e dos sindicatos de produtores rurais.
“Fomos eleitos pelo povo gaúcho para sermos representantes, é fundamental termos acesso ao evento e demostrar a importância deste segmento econômico para as cidades e pequenos produtores do Brasil. Este evento não tem cumprido o seu papel de discutir ações de forma democrática, o que causa revolta entre os deputados e demais representantes,” destacou Moraes.
Para o deputado Adolfo Brito, a participação da classe política do Rio Grande do Sul traz um importante aliado aos demais segmentos que estão integrando a comitiva da cadeia produtiva do tabaco. “Viemos em defesa da população que depende das plantações de tabaco para viver. Sabemos da importância deste segmento e não podem ser adotadas medidas que possam acabar com esta cultura de uma hora para outra, sem ao menos ouvir o que os produtores têm a dizer.”
Ao longo desta terça-feira, 14, os deputados concederam entrevistas para rádios de todo o Rio Grande do Sul, e também comunicaram demais lideranças políticas para a falta de participação nas plenárias da COP6.
A cobertura da Folha tem o apoio de Caciva, Unisc, Sinditabaco e Prefeitura de Venâncio Aires.