Além das fronteiras, Venâncio Aires tornou-se conhecida como a Capital Nacional do Chimarrão, título que tornou os venâncio-airenses reconhecidos pela hospitalidade. Além do chimarrão, a cidade de quase 70 mil habitantes também possui diversas belezas naturais, inclusive a Rota do Chimarrão e a região serrana com potencial para ser explorada, no entanto, há anos a cidade vem tendo dificuldades de ser inserida no mapa turístico do Rio Grande do Sul. Na noite de ontem um projeto de lei buscando reestruturar o Conselho Municipal de Turismo foi aprovado na Câmara de Vereadores e representa uma nova chance para o turismo local.
Conforme o secretário da Cultura, Esportes e Turismo, Thomás Lenz, a intenção, a partir dessa reestruturação, é promover uma discussão com todos os gestores e entes ligados a áreas de interesse turístico, melhorando o planejamento que anda ‘esquecido’ pelos próprios venâncio-airenses. “A criação de um Conselho é um processo lento, mas é necessário começar, debater e juntos tentar ver ações para que se possa melhorar. Não é ter o Conselho para distribuir renda, mas sim, ter diálogo”, salienta o secretário.
Em entrevista concedida à Folha do Mate, Lenz, ressaltou diversas vezes a importância da formação do Conselho para estabelecer uma discussão entre todas as esferas relacionadas ao turismo.
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O secretário reconhece as belezas e o potencial que Venâncio têm para receber turistas de outras regiões do estado, mas possui consciência de que é necessário que os integrantes da Rota do Chimarrão estejam dialogando com as agências de turismo. Para ele, “ninguém está dialogando e nem pensando isso enquanto economia. Quando todos pensarem em
economia ou geração de renda e emprego, vamos evoluir”.
O presidente do Conselho Estadual de Cultura, Neidimar Alves defende a importância de integrar todos os ligados ao setor “para discutir e debater a política pública. é um momento onde se coloca Poder Público, sociedade civil e empresários para discutir juntos um assunto que diz respeito a todos”, destaca.
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CONTINUIDADEThomás Lenz comenta que o Conselho tem o propósito de dar continuidade às discussões dentro da gestão pública, independente do governo. O secretário acredita que o órgão irá desempenhar um papel importantíssimo para a cidade, “principalmente, para a Secretaria, que dentro do orçamento do município, tem um percentual pequeno e precisa pensar em outras formas para se fazer gestão e o diálogo é uma boa maneira”, frisa.
A FORMAçãO DO CONSELHOAprovado na noite de ontem, o projeto de lei que criou o conselho determina a participação de 22 membros entre pessoas do setor público e pessoas de diferentes segmentos do turismo. Porém, nesta seleção, podem participar apenas entidades com CNPJ.
Dois membros da Secretaria da Cultura, Esportes e Turismo;Um membro da Secretaria de Desenvolvimento Econômico;Um membro da Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos;Um membro da Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão;Um membro da Secretaria de Agricultura;Um membro da Secretaria do Meio Ambiente;Um representante do ramo hoteleiro;Um representante dos proprietários de balneários; Um representante das agências de viagens;Um representante dos Engenheiros e Arquitetos;Um representante das Universidades;Um representante do Sistema S (Sesc, Senat, Sesi, Senar, Sest, Sescoop, Senac)Um representante do ramo industrial;Um representante do turismo rural;Um representante do setor de eventos;Um representante do turismo cultural;Um representante do setor de alimentos e bebidas;Um representante do setor do Esporte;Um representante do setor de transportes turísticos;Um representante do comércio;