Desde menino Telmo Paulo Kist mostrou que tinha o dom de cantar, tocar e falar.  Na escola sempre participava das apresentações, dançava na invernada mirim e tocava violão. Aos 10 anos ele já se apresentava para a pequena plateia da rádio local. “Lembro que um dia, na ausência do locutor, fui até convidado a ler comerciais ao vivo”. Mal imaginava ele que sua intimidade com a cultura, foi o que muitos anos depois, representaria o seu ingresso na política.

Filho de funcionários públicos, o pai, seu José Raimundo (in memoriam) trabalhou no Daer e a mãe, dona Ilga, como doméstica, em escolas estaduais. Foi numa família de quatro irmãos onde  Telmo se criou. Natural de Passo do Sobrado, aos nove anos veio morar em Venâncio Aires. A família se instalou no bairro Cruzeiro, onde sua mãe mora até hoje. Aqui concluiu o primário na escola Monte das Tabocas, fez o ginasial na Cônego Albino Juchem e o ensino básico no colégio Oliveira Castilhos, onde cursou o Técnico em Administração de Empresas.

O primeiro emprego foi na empresa Venax com 17 anos. Depois de dois anos atuou no supermercado Marquetto e ainda gerenciou uma loja de móveis no município.  Iniciou a faculdade de Administração na Fisc, hoje Unisc, mas teve que interromper o curso no quinto semestre, quando foi nomeado como funcionário do Banco do Brasil e foi atuar em Soledade, com 21 anos. Lá permaneceu até 1979, quando passou em uma seleção interna da agência bancária e se mudou para Novo Mundo, na Bahia. Antes disso, já namorava Maria Rejane com quem se casou em 1978, e teve três filhas: Cátia, jornalista; Deise, advogada e Andressa, dentista.

Depois de atuar por um ano na Bahia, voltou a Soledade e em 1982 se transferiu para Venâncio onde atuou na agência local até 1995. Em 1993, junto com colegas do Banco do Brasil e pessoas da comunidade, inspirado no sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, fundou e foi o primeiro presidente do Comitê contra a Fome e pela vida de Venâncio Aires.

Foi apenas em 1996, que o caminho à vida política começou a ganhar rumo. Telmo foi convidado pelo então candidato a prefeito, Celso Artus, na época do PMDB,  a criar o jingle de sua campanha e logo passou a ser o apresentador dos comícios do futuro prefeito de Venâncio.

Sua ligação com a cultura lhe rendeu o convite, em 97, para  ser o secretário de Cultura, Esportes e Turismo do governo de Celso. Logo após se filiou ao PMDB. Na pasta foi o responsável pela criação do projeto Música na Praça e o festival Canto da Viola, de Linha Herval. Também trabalhou pelo desenvolvimento do turismo na região serrana.  

Sua experiência o levou a concorrer em 2000 pela primeira vez a vereador pelo PMDB, mas não foi eleito por três votos. Em 2001, depois de Celso perder a reeleição para Glauco Scherer (PTB), Telmo deixou o PMDB e se filiou no PDT, a convite de Airton Artus. Em 2002 foi fundada a clínica São Vicente, especializada em Medicina do trabalho onde começou a trabalhar na área de vendas e permanece até hoje.

Em 2004, concorre novamente a vereador e se elege com 1.174 votos. Nesta legislatura apresentou projeto para inclusão do mel na merenda escolar, que na época foi rejeitado. Ele defendia os benefícios para a saúde e os incentivos aos agricultores. “Somente neste governo que o prefeito Airton implantou o mel na merenda e por coincidência se tornou a pouco tempo uma medida nacional anunciada pela presidente Dilma. Nos antecipamos”, salienta.

Em 2008 foi reeleito com 1.549 votos, se tornando o vereador mais votado. Nesta legislatura atuou pela implantação da escola técnica agrícola e criou o projeto ‘óleo FuturoÂ’. Em 2011 passou a fazer parte do governo municipal, assumindo a secretaria Geral de Governo, onde ficou por um ano e depois voltou para a Câmara. Neste ano disputou novamente uma cadeira e foi eleito para o seu terceiro mandato, com 1.040 votos.

 

PERFIL COMUNITáRIO

Telmo Kist, 58 anos, tem sua vida ligada à comunidade e em diversas frentes na sociedade venâncio-airense. Ainda na juventude, Telmo foi atleta de futebol. Jogou no Cruzeiro e no Guarani na categoria profissional. Além de atleta, no Cruzeiro foi presidente em 1987, e no rubro-negro foi treinador campeão-amador do Rio Grande do Sul em 1988, tendo Mano Menezes como capitão da equipe.

Além disso, seu envolvimento cultural foi o que levou a fundar duas escolas de samba ao longo de sua trajetória: a Patota e a Amigos do Cemuc. Foi também o fundador, em 2010 da Associação de Corais de Venâncio Aires. Músico e compositor, compôs diversos hinos religiosos, de escolas e também o do Esporte Clube Guarani. é ele o responsável pela canção natalina ‘Natal feliz’, e a gauchesca, ‘Roda, roda esta cuia’, que divulga a Capital do Chimarrão para todos os cantos do Rio Grande. Além disso, atualmente auxilia nove comunidades como membro de equipes de liturgia, desde a década de 90. Dito apaixonado pelas causas sociais e a área cultural, o parlamentar ainda tem outra ocupação, além a da área de vendas na clínica que atua, e a de vereador: a de comunicador. Desde 2004 apresenta o programa Sábado é Show, pela rádio Terra FM, nos sábados pela manhã.

O que ele vai defender na tribuna

 

– TURNO INTEGRAL – quer trabalhar pela ampliação do ensino de turno integral nas escolas do município;

 – VAGAS NAS EMEIS – quer atuar para buscar a ampliação das vagas nas escolas de educação infantil; – TéCNICA AGRíCOLA –  também quer buscar a ampliação de vagas nos cursos da escola técnica agrícola. Disse que num futuro próximo deve se buscar alternativas para levar uma escola agrícola para o interior;

 – FARMáCIA – quer defender a criação da farmácia de 24 horas no município. Segundo Telmo, o prefeito Airton Artus garantiu que ela será implantada junto à Unidade de Pronto Atendimento (UPA), no bairro Cruzeiro;

 – áGUA PARA O INTERIOR – quer defender a oferta de água potável para o interior, com programas de auxílio;

 – ERS 244 – lutar pela ERS 244 que liga Venâncio a Vale Verde. Segundo ele, quer auxiliar nas intermediações do Município para ao menos o trecho passar a ser utilizado e assim, desafogar o trânsito e encurtar a distância de alguns percursos.