A Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) reconhece que a duplicação da RSC-287 se faz necessária, mas admite que não tem como realizar essa obra com recursos financeiros próprios. Como explica o seu diretor técnico, Milton Cypel, será preciso buscar uma alternativa, como um financiamento ou parceria público-privada, para que esse investimento saia do papel.
Sob nova direção com a troca de governador, a EGR afirma que é preciso haver avanços na logística de transporte do Rio Grande do Sul. “O Estado está com dificuldades financeiras, mas a sua malha rodoviária está numa situação de envelhecimento muito grande e não podemos só tapar buracos e fazer remendos”, diz Cypel.
O diretor técnico salienta que a empresa trabalha na captação de recursos financeiros para a duplicação da 287, bem como de outras obras no estado. Ele explica que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foi contatado para a obtenção de informações sobre financiamentos e também se buscam parcerias com empresas privadas.
Em relação à 287, Cypel também diz que a via foi asfaltada há cerca de 40 anos, quando o tráfego era de aproximadamente dois mil veículos por dia. Hoje, segundo ele, são em torno de 14 mil, sendo que muitos deles apresentam uma carga superior a projetada para a rodovia, o que a danifica muito.
Para o diretor técnico, a necessidade de a via ser reconstruída se faz evidente. Além da duplicação, ele afirma que a base da rodovia precisa ser refeita e a espessura praticamente dobrada. A expectativa é que até o fim do ano haja uma definição do modo como serão viabilizadas as obras de reconstrução e duplicação da 287.
Atualmente, a EGR prioriza a construção de viaduto junto ao Trevo Fritz e Frida, em Santa Cruz do Sul, acompanhada da duplicação de 4,2 km da via e de mais um quilômetro junto à praça de pedágio de Venâncio Aires, obras que estão sendo viabilizadas com recursos próprios da empresa e devem ser concluídas até o segundo semestre do próximo ano.
Para viabilizar a expansão da duplicação para o restante do trecho, Cypel salienta que não adiantaria aumentar um, dois ou três reais no valor do pedágio, pois a reconstrução da via exige um aporte diferenciado. Apesar disso, a empresa está repensando o valor da tarifa.