O encontro do Conselho Comunitário das Regiões de Rodovias Pedagiadas (Corepe) foi marcado pelo atraso dos representantes da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), ontem em Santa Cruz do Sul. A primeira reunião do ano iniciou uma hora depois do programado e sem a presença do diretor-presidente, Nelson Lidio Nunes. Mesmo assim, os membros do conselho priorizaram os debates em torno da duplicação da RSC-287. Segundo eles, esta é a única forma de garantir boa infraestrutura na rodovia.

A terça-feira, 12, foi de debates para garantir melhorias na principal ligação rodoviária do Vale do Rio Pardo com o resto da malha estadual. O Corepe, trecho 8, esteve reunido com a direção da EGR, e entre os debates esteve o projeto de duplicação da rodovia. Para o presidente do grupo, Luciano Naue, a proposta é uma das bandeiras de trabalho do ano, e precisa ser fomentada pela estatal, para encontrar soluções para a demanda.

“A duplicação é a única solução para a RSC-287. Queremos que inicie agora os projetos técnicos para 2016 iniciar as obras, mesmo que for em etapas,” explica. Em resposta a demanda, Milton Cypel, diretor técnico e Luís Fernando Vanacor, gerente de engenharia, argumentaram que a reconstrução da rodovia depende de financiamentos externos, e o planejamento da diretoria é de buscar recursos para aplicar na modernização da rodovia. “Precisamos captar valores junto a bancos de fomento, como o BNDES, para efetivar as obras de recuperação e a duplicação. Uma equipe da EGR trabalha estas alternativas por entendermos a necessidade de ações permanentes de infraestrutura,” afirma Cypel.

Vanacor destacou também que no lote de projetos da construção do viaduto do trevo de Santa Cruz do Sul, os projetos técnicos de duplicação entre Sinimbu e Venâncio já estão em andamento. “Os quatro quilômetros iniciais de duplicação no viaduto que está em construção englobam um projeto maior de duplicação. Os estudos técnicos já estão sendo realizados e ao longo dos próximos meses teremos isso concluído. O desafio será trabalhar os recursos para iniciar as obras.”A possibilidade de captar valores para o investimento em instituições financeiras internacionais, buscando garantir o andamento das obras e melhor infraestrutura de trânsito na região.

Reconstrução total

Durante a reunião, foi apresentado também resultados de investimentos em manutenção. Os engenheiros da EGR realizaram avaliação das condições de infraestrutura da estrada. Assim como apresentaram no inicio de fevereiro, durante reunião na Secretaria Estadual de Transportes, a reconstrução total da rodovia é a única forma de garantir boas condições na RSC-287. Um equipamento foi utilizado para escanear os 150 quilômetros da estrada sob responsabilidade da empresa. O resultado não foi satisfatório, apontando que a rodovia está com a sua capacidade esgotada.

“A única solução de ter uma recuperação efetiva é reconstruir a estrada, da base até a pista de rolamento. Mas para isso é preciso recursos, que no momento não estão disponíveis,” argumenta Cypel.

Para resolver os problemas, reformas fracionadas estão sendo realizadas em trechos que apresentam piores condições. “é uma solução a curto prazo e que pode trazer melhorias pontuais, porém não são medidas que garantem infraestrutura a longo prazo,” argumenta.