Enquanto os manifestantes pedem por rodovias com boas condições para o tráfego de veículos, a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) diz fazer o possível para manter a via ‘em dia’. “Estamos realizando operações tapa-buracos na rodovia e aplicamos todo o recurso arrecadado – na praça de Vila Arlindo – é aplicado no trecho de sua responsabilidade”, garante o presidente da EGR, Nelson Lidio Nunes. “Se levantar as cancelas e deixarmos de arrecadar, não teremos recursos para investir nas melhorias que estamos fazendo”, explica.
Questionado se apenas as operações tapa-buracos seriam o suficiente para manter a RSC-287 em condições transitáveis, Nunes admite que não. Para ele, a solução seria uma nova estrutura asfáltica – desde a base à superfície -, já que a deterioração da via deve-se ao excesso de peso. “Essa rodovia foi construída para uma media de dois mil a 2,5 mil veículos/dia, no entanto, hoje, passam, em média, 13 mil veículos/dia. Os caminhões pesavam, no máximo, 25 toneladas e hoje trafegam com 50 toneladas.”
Segundo Nunes para que fosse feito um novo asfalto, o investimento somaria mais de R$ 300 milhões. “A arrecadação da praça não comporta este tipo de investimento.” Em abril, por exemplo, passaram 333,8 mil veículos e a arrecadação foi de R$ 3,445 milhões. Até hoje, desde janeiro, a praça arrecadou pouco mais de R$ 8 milhões.
Sobre o protesto de hoje, o presidente da EGR disse que vai aguardar o desenrolar da manifestação, para depois, ver o que vai acontecer. “Não vou tomar nenhuma atitude antecipadamente, porque não sei o que será feito na praça. ”
é uma situação complicada, pois sempre vamos realizar os tapas buracos e dentro do possível vamos fazer intervenções mais profundas, que é chegar até a base da rodovia para tentar melhor aquele trecho, mas dentro do limite da arrecadação daquela praça”