Os eleitores de Venâncio Aires ainda não são obrigados a fazer o recadastramento através da biometria. O procedimento será obrigatório a partir de 2017, já que a meta do Tribunal Superior Eleitoral é que todo o eleitorado brasileiro passe pela revisão até 2018. A prioridade do Cartório Eleitoral, até 4 de maio, são os alistamentos eleitorais, transferência e regularização de título de eleitor. Na eleições municipais, dia 2 de outubro, os eleitores da Capital Nacional do Chimarrão não utilizarão a biometria para identificação.
Na tarde de ontem, os eleitores formaram fila extensa no Cartório Eleitoral considerando que seria o último prazo para passar pelo recadastramento biométrico. O alvoroço iniciou depois da imprensa estadual divulgar que, ontem, era a última data para as cidades obrigadas a passar pelo procedimento concluir a revisão dos dados do eleitorado. No Rio Grande do Sul, diversas cidades estavam nesta situação como Caxias do Sul, Alvorada, Viamão entre outras. Porém, este caso não se aplica à Venâncio Aires.Segundo o Chefe do Cartório Eleitoral, Eduardo Mosman, nas últimas semanas o movimento tem sido intenso. Na terça-feira, 15, por exemplo, foram 180 atendimentos, a maior parte deles para passar pela revisão biométrica. Diariamente uma média de 150 pessoas são atendidas pelo mesmo motivo. Até agora 32% do eleitorado da Capital Nacional do Chimarrão já passou pelo procedimento. Mosman explica que, por enquanto, não há data final para concluir o recadastramento dos eleitores do município e, por isso, a orientação é que eleitores não procurem o Cartório Eleitoral, neste momento, e esperem ser chamadas por local de votação, o que deve ocorrer a partir do próximo ano. A sugestão tem o intuito de priorizar os alistamentos, transferências e regularização de títulos cancelados, que precisam ser feitos até 4 de maio, depois disso o sistema fecha para qualquer alteração que envolva o eleitorado. Outro motivo é o tamanho da equipe que atua no Cartório Eleitoral, de apenas seis pessoas – três funcionários efetivos e três estagiários.Na avaliação de Mosman, a procura da população pelo serviço é positiva, porém, neste momento não é necessária. “Eu mesmo passo na fila e oriento as pessoas que o serviço ainda não é obrigatório, algumas vão embora, mas outras aproveitam que estão aqui e já passam pelo procedimento”, comenta.
Na fila, eleitores reclamam da demora
A falta de acomodação e a longa espera para atendimento era uma das principais reclamações das quase 50 pessoas que aguardavam na fila do Cartório Eleitoral. “é muita falta de consideração conosco! Estou aqui desde às 12h30 min e ainda não fui atendida”, declarou Lisandra Nedwed. Na frente dela, por volta das 14h15 min, havia pelo menos mais quatro pessoas aguardando atendimento ao lado de fora do Cartório. Na área interna, outras três pessoas eram atendidas e outras três aguardavam sentadas. Idosos, gestantes e uma mãe amamentando aguardavam em pé atendimento. “Acho que se somos obrigados a vir fazer isso, da mesma forma que somos obrigados a votar, deveria ser feito em horário que não tenhamos que sair do trabalho e com condições minimas para esperarmos”, disse a eleitora. Lisandra reclamou da falta de informação quanto a necessidade de fazer, naquele dia, o recadastramento. O baixo número de funcionários atuando no atendimento dos eleitores também foi questionado. “Tem apenas uma pessoa atendendo o público geral, desde o momento que cheguei, e outro para atender os idosos, por isso, está tão demorado”, disse a eleitora. Diferentemente da declaração dela, Mosman disse que três pessoas atuavam no atendimento dos eleitores. Dois funcionários faziam os procedimentos do público geral e um atuava apenas nos casos preferenciais. “Eu mesmo passo na fila e aviso idosos e gestantes para passarem na frente para ter atendimento prioritário”. Segundo ele, o processo de recadastramento é rápido, o que demora o processo é apenas a espera na fila.