Para o jovem Rafael da Costa Schwengber, 17 anos, a Participação Popular e Cidadã é um processo importante para garantir recursos para o município e permitir que a população escolha onde o dinheiro deve ser aplicado. “Todo mundo tem que saber para onde vai os recursos e somos nós que sabemos das nossas prioridades”, salientou. Nas urnas, ele garantiu votos para os projetos das áreas de saúde, educação, segurança pública e ensino superior.
Assim como o jovem Rafael, milhares de pessoas foram às urnas ontem, para exercer a cidadania e defender as propostas que devem ter prioridades no orçamento estadual de 2013. Ao todo, 52 urnas foram distribuídas em Venâncio Aires, tanto na cidade, como no interior.
O trabalho de aclamar a população que passava pela calçadas ou em frente aos pontos ficou por conta dos voluntários que atuaram durante todo o dia no pleito. Na urna posta junto ao calçadão, por exemplo, a missão foi das integrantes do Lions Clube Melvis Jones que tiveram o trabalho de explicar o processo e convidar a população. Muitos deles, nem tinham conhecimento do que estava acontecendo.
Na cédula de votação, 18 projetos, divididos nas áreas de segurança pública, saúde, desenvolvimento rural, educação básica, profissional e técnica, desenvolvimento social e erradicação da pobreza, educação superior, irrigação e desenvolvimento econômico estiveram sob a avaliação dos eleitores. A novidade desta edição ficou por conta da votação dos projetos estratégicos regionais, disponibilizados em um segundo campo da cédula. Trata-se de demandas que não têm valor orçado e são consideradas de grande impacto para o desenvolvimento regional. Para quem votou em uma das urnas fixas, também recebeu uma colinha com algumas sugestões de voto, indicadas pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento (Comude), de Venâncio Aires.
Assim como nos anos anteriores, os projetos de saúde devem ser os mais votados. Das 15 pessoas acompanhadas pela reportagem, em três locais diferentes, oito marcaram como prioridade de número ‘um’, o projeto que apoia os hospitais regionais, que neste ano contempla o Hospital São Sebastião Mártir. No ano passado ficou de fora.
Para Jorge da Silva, 34 anos, o que mais o Município precisa é de recursos para a saúde e citou como demanda o HSSM. “Principalmente os serviços pelo SUS”, acrescentou. Maria Margarida Padilha, 53 anos, não conhecia o processo e foi chamada pelos integrantes no ponto em frente ao hospital, para dar o seu voto. Para ela, a saúde e a segurança pública são as prioridades. “Precisamos melhorar a saúde e a segurança que são muito precárias”, disse. Ao contrário de Maria, Seu Selmiro Fischer, 59 anos, conhece o processo e fez questão de procurar um dos pontos da cidade e garantir seus votos. “é uma maneira de trazer recursos extras para o município e por isso vim aqui para defender projetos da área de agricultura, segurança e do hospital”, frisou.
ESTIMATIVA
O presidente do Comude Venâncio, Celson Ferreira, acredita que o município fará uma significativa votação, alcançado as expectativas, em relação ao ano passado. “Devemos fazer entre seis e sete mil votos”, estima. Ele que acompanhou a movimentação pelos principais pontos, acredita que a saúde e a segurança pública sejam as demandas mais votadas, especialmente pela mobilização dos dois setores.
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