Em Israel empresas são formadas para prestarem serviços dentro de núcleos produtivos em que se reúnem produtores rurais, levando-se em conta o associativismo. O sistema tem garantido renda aos agricultores e desenvolvimento de novas tecnologias para o campo. Após visitar três empresas israelenses nesta segunda-feira, 27, os representantes regionais apontam que o sistema coletivo é o primeiro desafio a ser vencido na região do Vale do Rio Pardo, para garantir força econômica ao setor primário.
Após mais de 24 horas em viagem até Tel Aviv, os representantes regionais tiveram agenda em três empresas do ramo agrícola, que trabalham em pesquisa e aplicação de técnicas avançadas de produção. Conhecidos como Kibutzim, estes espaços reúnem famílias para produzir. A união entre estes coletivos também fomenta melhorias na indústria de tecnologia, objetivando ampliar a produtividade e melhorar o sustento dos membros.
Em avaliação do primeiro dia, a busca por um trabalho coletivo na produção rural foi apontado como o desafio principal a ser vencido na região, para promover crescimento aos agricultores. Para a presidente do Conselho Regional de Desenvolvimento do Vale do Rio Pardo, Mariza Terezinha da Motta Christoff, o trabalho é fundamental para fomentar a proposta de geração de renda com a coletividade. “O Corede está cumprindo o seu papel, vamos voltar com novas observações, e teremos que encontrar formas de trabalhar o associativismo de maneira mais intensa na nossa região.”
Para o presidente da Cooperativa de Crédito Sicredi na região, Heitor Petry, o formato cooperado tem garantido mais competitividade aos produtores. “A organização do associativismo permite melhorias na estrutura de mercado, com todos trabalhando de forma conjunta e diminuindo custos.”
Na avaliação do presidente da Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo e prefeito de Venâncio, Airton Artus, o modelo adotado por colônias agrícolas garante melhorias para as famílias que dependem do campo. “é preciso superar o individualismo e a desconfiança. As visitas foram produtivas e ajudam na elaboração de ideias, temos muito que evoluir.”
A forma coletiva de produção em Israel é referência no trabalho do campo, para aliar a atividade agrícola ao incentivo a pesquisa, visando otimizar a utilização do solo, já que as propriedades rurais são pequenas.
Mão do Estado
A produção e comercialização dos produtos agrícolas conta com regulamentação do governo israelense. é ele quem determina o que cada produtor pode plantar, a quantidade de produção e o preço do produto. Desta forma o governo mantém o mercado regulado, sem distorções de valores e efetiva a geração de emprego e renda. Com isso, cada produtor possui a sua cultura definada e mantém a produção para consumo interno e em alguns casos para exportação.
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