A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul aprovou em segundo turno, por unanimidade, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que decreta a separação de Corpo de Bombeiros e Brigada Militar. Com essa medida as corporações de bombeiros do Estado passarão a receber orçamento separadamente e poderão investir diretamente na estrutura, efetivo e material da corporação que encontra-se defasado e melhorar o atendimento à sociedade.
A emancipação do Corpo de Bombeiros agora faz parte da Constituição do Estado do Rio Grande do Sul, e a conquista foi comemorada na terça-feira, 17, pela classe que já reivindicava a separação desde os anos 90. A partir de 2015 a corporação passa a receber orçamento separadamente da Brigada Militar, e assim poderá investir no efetivo, estruturas e materiais para salvar vidas e combater incêndios. No país somente outros três Estados ainda não separaram as corporações: São Paulo, Paraná e Bahia.
Segundo o comandante estadual do Corpo de Bombeiros, Eviltom Diaz, as condições da corporação no momento são precárias. “O efetivo precisa de aperfeiçoamento e as estruturas precisam de reformas. Nossos materiais também são antigos e devem ser renovados”, reflete Diaz.
Bombeiros de Venâncio precisam do investimento
Em Venâncio Aires, a situação também deve melhorar o atendimento do Corpo de Bombeiros, sem mudar efetivamente a realidade das duas corporações que se separam. Segundo o major Eduardo Gener, a mudança trará autonomia financeira e operativa para a corporação, que atualmente divide a verba repassada pelo Estado com o a Brigada Militar.
“Hoje o orçamento passa pela Brigada e é dividido, mas com a separação poderemos aplicar toda a verba no Corpo de Bombeiros”, explica Gener. O Corpo de Bombeiros de Venâncio Aires não opera nas condições ideais. A última adição à corporação do município é um caminhão novo, conquistado através da Consulta Popular.
Também de acordo com o comandante da 3ª Companhia da Brigada Militar, Rafael de Oliveira, as duas corporações já trabalham com estruturas separadas, mas sem pre em sintonia, o que não deve mudar por causa da separação oficial. “Esperamos que com essa mudança o Corpo de Bombeiros possa otimizar seu serviço, e, dessa forma, ajudar a sociedade, que é a principal beneficiada com a mudança”, declara.
Confira a reportagem completa no flip ou edição impressa de 19/06/2014.