Foto: Alvaro Pegoraro / Folha do Mate Quando cai a produção, consequentemente, o número de desemprego cresce
Quando cai a produção, consequentemente, o número de desemprego cresce

Enquanto Venâncio Aires, em época de crise econômica, é destaque nacional na geração de empregos, ocupando o 5º lugar no ranking das cidades do Brasil que mais geraram vagas neste primeiro semestre, uma comparação dos números e do perfil do município, mostra outra realidade que é dividida com a vizinha Santa Cruz do Sul e é a segunda colocada no ranking nacional.

Somente neste semestre, segundo dados do Cadastro Geral de Empregos e Desempregados (Caged), o município gerou 3,5 mil novas vagas, principalmente, no setor de transformação. Porém, basta analisar alguns números para mostrar que os empregos em Venâncio também vem sendo afetados com a crise econômica. Desde 2010, o primeiro semestre deste ano foi o que menos gerou empregos. As contratações nos primeiros seis meses do ano já chegaram a 5.744 em 2011.O setor metalúrgico vem registrando o maior número de demissões no município e as fumageiras também vem sentindo os efeitos da crise. São as duas categorias que puxam o saldo negativo de 519 empregos acumulado de janeiro a junho deste ano. Em comparação a 2014, quando o saldo negativo foi de 249 postos de trabalho.

Brasil perdeu mais de 100 mil empregos em junho

No mês de de junho o Brasil perdeu 111 mil empregos, o Rio Grande do Sul perdeu 14.013 e Venâncio Aires perdeu 519 empregos com carteira assinada.O mês de junho segue um fluxo de resultados negativos que vem sendo experimentado no país todo. As maiores perdas de vagas foram registradas em São Paulo (-52.286), Rio Grande do Sul (-14.013), Paraná (8.893) e Santa Catarina (-7.921). No acumulado dos seis primeiros meses deste ano, ainda segundo dados oficiais, foram fechados 345.417 postos com carteira assinada no país. O patamar também é o menor para o período desde o início da série histórica, neste caso contabilizada desde 2002. Em 12 meses, o país já acumula a perda de 601.924 postos de trabalho. No Rio Grande do Sul, o acumulado do ano registra perda de 12.189 vagas e nos últimos 12 meses foram perdidos 39.843 empregos com carteira assinada.

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