Foto: Kethlin Meurer / Folha do MateReunião contou com a presença de representantes do setor ervateiro, bem como,  produtores rurais e pessoas da área industrial
Reunião contou com a presença de representantes do setor ervateiro, bem como, produtores rurais e pessoas da área industrial

A Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Erva-Mate esteve reunida na tarde de hoje no auditório do Parque Municipal do Chimarrão. No encontro, promovido pela secretaria Estadual da Agricultura e Pecuária, foram discutidos temas como, a qualidade da erva-mate, critérios mínimos para indústria ervateira, proibição da venda do produto a granel, padronização da embalagem e taxas indevidas e abusivas nos supermercados.

Entre os assuntos abordados, o que mais gerou debate entre os participantes foi a questão referente à venda da erva-mate a granel. De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Alimentação de Santa Cruz do Sul, Sérgio Pacheco, já existia uma lei que proibia a comercialização da erva-mate no recipiente, mas foi anulada. Deste modo, no momento, a venda é permitida. “Mas se for proibida, nós necessitamos que alguém faça a fiscalização”, comenta. Ele também destaca que não se torna confiável comprar erva-mate comercializada deste modo, pois, às vezes, ocorre de alguns produtos estarem misturados, o que pode prejudicar a saúde.

QUALIDADE E EMBALAGEMA pauta que envolveu a qualidade da erva-mate também recebeu uma atenção especial na tarde de hoje. Sobre isso, entrou em debate a presença do açúcar no produto, que, muitas vezes, não é informada na embalagem. Em alguns casos, até consiste a informação, mas a letra está em um tamanho pequeno. “Se, muitas vezes, as pessoas não leem o que está escrito grande, imagina quando a escrita for pequena”, argumentou um dos presentes. Deste modo, foi comentada a necessidade de haver uma fiscalização da erva-mate para fornecer ao consumidor um produto com qualidade e que não prejudique a saúde, como no caso de quem tem diabete, por exemplo. Se a embalagem não informa a presença de açúcar, afeta a saúde do consumidor.

Um dos temas do encontro foi a padronização da embalagem, pois a legislação atual informa o que é obrigatório, como a questão nutricional. Por sua vez, não apresenta um padrão específico, como o tamanho da letra e onde devem estar localizados alguns dados. Para evitar que as embalagens sejam muito distintas umas das outras, um dos próximos objetivos é criar uma padronização.

Sobre as taxas abusivas nos supermercados, todos concordaram de que esse é um dos pontos de difícil mudança, pois não é possível interferir na política dos supermercados. Deste modo, cada empresa fica responsável por colocar os preços no produto de acordo como desejar, independente do preço. “Nós não temos como ir contra os supermercados, porque isso poderá causar um grande problema”, observa Sérgio.

 

PRóXIMO ENCONTROO próximo encontro da Câmara Setorial da Erva-Mate será no dia 1, 8 ou 15 de outubro em Erechim, às 14h.