O protesto dos caminhoneiros contra o aumento no preço do óleo diesel, baixo preço do frete e más condições das estradas, não teve iniciativa de entidades representativas do setor. Conforme a assessoria de imprensa da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), a manifestação começou devido a insatisfação de um grupo de motoristas que resolveu parar por conta própria.O vice-presidente da Federação dos Caminhoneiros Autônomos dos Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina (Fecam), André Costa, alerta que se “qualquer entidade afirmar ser o mentor dessa manifestação nacional, vai estar mentindo e se aproveitando da oportunidade”. Costa ainda acrescenta que nenhuma entidade legalmente constituída foi comunicada sobre o início do protesto. “Estamos alertando há muito tempo a situação do caminhoneiro autônomo que sofre bastante com a alta dos custos”, destaca.
Se qualquer entidade afirmar ser o mentor dessa manifestação nacional, vai estar mentindo e se aproveitando da oportunidade”, Vice-presidente da Fecam – André Costa
Mesmo que não tenha partido da entidade, o vice-presidente afirma que a Fecam concorda com as pautas reivindicadas. No entanto, a entidade não orienta os caminhoneiros a irem para a estrada. “é melhor ficarem em casa, desfrutarem o tempo com a família e só voltarem para a estrada quando estiver algo definido”, aconselha. Costa, ainda destaca que se os caminhões estiverem parados na rodovia ou na frente de suas casas, o efeito será o mesmo. “Independente de onde eles estiverem parados, a carga não vai ser carregada e o objetivo pode ser alcançado, o governo federal vai ter que colocar a mão na consciência”, observa. Costa estima que ainda nesta semana a sociedade vai sofrer o impacto da mobilização. Segundo ele, os estoques dos estabelecimentos comerciais vão acabar e haverá uma supervalorização no preço dos produtos, o que já está acontecendo em postos de combustíveis do Paraná. Segundo a imprensa paranaense, em alguns postos, a gasolina comum está sendo vendida por mais de R$5.
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