Com sorriso largo e olhar brilhante, a professora Evelaine Andréia Barbian, 33 anos, nem ‘pisca’ para demonstrar o amor pela profissão escolhida e também na arte da declamação. Enquanto busca as palavras acertadas à entrevista, com a voz pausada traz a entonação que lhe é peculiar no alcance das notas para declamar e da oratória em sala de aula. No entanto, sem perder a serenidade. Licenciada em Letras Português/Espanhol, pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), desde 2011 a sala de aula faz parte do seu dia a dia. A jovem que tinha o sonho de ser jornalista, e até iniciou a graduação, optou por Letras e afirma ter feito a escolha certa. “Creio que foi uma decisão acertada: apesar de todas as dificuldades, amo a minha profissão, o meu trabalho, os meus alunos”, afirma.
Entre as recordações de uma infância feliz no bairro Gressler, onde cresceu, brincou livremente com amigos, e vive atualmente, relembra a base familiar, as músicas gauchescas que aprendeu a ouvir com o pai, e a referência muito forte do conceito família – sua base em todos os momentos. Por isso, acredita nas múltiplas possibilidades de incentivar os jovens no caminho do bem, por meio da educação. Determinação, força e coragem que atribui aos pais, Silvani Barbian e Romeu Barbian (in memoriam), [emociona-se ao mencionar o nome do pai e não esconde as lágrimas].
Tradição
Com raízes na tradição gaúcha, Evelaine não abre mão das poesias. Afastou-se dos palcos por um período, por conta dos estudos e metas pessoais, porém a ligação poética “está na alma e dela a gente não se livra”, reflete. Neste ano, a professora e declamadora retorna ao palco da Inter-regional do Encontro de Artes e Tradição Gaúcha (Enart), pela quarta vez, quando representará o Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Chaleira Preta, entidade que a recebeu “de braços abertos”, destaca. Em 2010, a jovem foi vice-campeã do Enart, pelo Centro de Pesquisas Folclóricas (CPF) Terra de Um Povo.
Educação
Neste 7 de setembro, relembra com carinho os momentos importantes, dos desfiles cívicos, enquanto estudante na escola Zilda de Brito Pereira. “Por sinal, a primeira escola que atuei como professora, pela qual tenho um grande carinho”, afirma. Relembra, também com emoçao, a escola Cônego Albino Juchen, onde concluiu o Ensino Médio. Atualmente, a professora se divide entre a escola Frida Reckziegel, em Palanque, onde trabalha com os Anos Finais do Ensino Fundamental e Médio, com as disciplinas português, espanhol, literatura e arte, e a escola Sebastião Jubal Junqueira, de Vila Deodoro, onde leciona para o Ensino Médio, com as disciplinas de espanhol e arte.
MEMÓRIAS
1 Decisão pelas Letras – Um momento muito importante na minha caminhada. Afinal, tinha o sonho, desde adolescente, de ser jornalista. Contudo, o caminhar durante o curso de jornalismo foi me mostrando que deveria seguir “por outros caminhos”… E foi aí que encontrei ‘as Letras’.
2 Momento importante: Minha formatura
3 Lembrança marcante: O Enart 2010, onde conquistei o 2º lugar no concurso de declamação feminina.
4 Desfiles cívicos: Além de ser uma demonstração de amor à Pátria, trazem boas lembranças em relação ao período escolar, pois estive envolvida com os desfiles da 1ª Série (hoje 1º Ano) do ensino fundamental ao 3º Ano do Ensino Médio. Desfilei também pelos Escoteiros e pelo CTG.
5 Bairro: Toda a minha vida morei no mesmo lugar: vi o bairro crescer e se desenvolver. Foi nele que vivi momentos importantíssimos da minha vida. Sempre foi um lugar tranquilo, acolhedor, com bons amigos e vizinhos.
