O curta-metragem ‘Entre Nós’ do diretor venâncio-airense, Maciel Fischer, está aos poucos ‘ganhando o mundo’. O curta criado para a conclusão do curso de Cinema e Animação da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) está sendo aceito para participar de festivais em Malta e Roma, além de outros locais.

Foto: Reprodução .

Maciel participou em julho de 2015 da sessão de matérias alusivas ao Ano da Cultura, bandeira adota pelo jornal no último ano. Desde lá, a reportagem passou a acompanhar a caminhada do diretor.

Na última semana, Maciel que também é roteirista do filme esteve na Folha do Mate acompanhado da, também, roteirista do filme e estudante de Publicidade e Propaganda, Ana Paula da Silva para falar de como o trabalho vem sendo realizado e o sentimento de ver um curta como esse conquistando outros locais ao redor do mundo. “Ser aceito em festivais é um grande incentivo para a gente continuar produzindo e acreditar, ainda mais, que é possível fazer cinema”, destaca.

No início em 2014, quando o roteiro ainda estava sendo planejado tudo era sonho e, cada detalhe, era almejado da melhor maneira possível. Afinal, Fischer criou em sua imaginação e

Foto: Ana Carolina Becker / Folha do Mate.
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 trabalho com três personagens distintos, em três roteiros separados, até que resolveu juntar todos em apenas um. Mas, o que um agente funerário, um taxista e uma atendente de tele sexo tem em comum? “Percebemos que os personagens sofriam dos mesmos problemas e angustias. Então, resolvemos convergir isso em apenas um roteiro e, então, nasce o ‘Entre Nós’, em 2014”, salienta o diretor.

Uma história independente, fragmentada e atemporal que conta o dia a dia de três pessoas distintas e que dá ao telespectador a possibilidade de ter a sua própria leitura sobre o curta-metragem. “Eu acho que fica mais forte do que simplesmente mostrar”, diz Maciel. E são a partir dos detalhes expostos no filme que o apreciadores precisam entender a relação que existe entre os três personagens que encaram questões semelhantes envolvendo o trabalho, a solidão, a dor e o cotidiano.

Um roteiro que foi ganhando reconhecimento e conquistando festivais no mundo foi construído por uma equipe envolvendo aproximadamente 14 pessoas. “E a gente teve a sorte de poder contar com pessoas muito talentosas e super comprometidas com o roteiro”, salienta Ana.

Gravado em Pelotas, o longa traz a questão arquitetônica da cidade, sem revelar o local. “As cenas são totalmente universais, podendo ser em qualquer local”, explicam.

Novos planosA partir de agora, a equipe do curta torce para que ele conquista, cada vez mais seu espaço. E o diretor, Maciel, já planeja novos roteiros. E a intenção do venâncio-airense, é de gravar um curta-metragem na Capital do Chimarrão que, segundo ele, é rica em grandes paisagens. “Se pode ser gravado em Pelotas, porque não, também, aqui em Venâncio”, questiona Maciel.