

Buracos. Essa é a única reclamação dos moradores da região serrana de Venâncio Aires. Quem transitou nas últimas semanas pela ERS-422 tem a mesma conclusão sobre o seu estado há anos. Mas ainda ontem, moradores viram as ‘laranjinhas’ pela estrada, nas imediações da localidade de Linha Maria Madalena. A reportagem percorreu, na segunda-feira, 19, um trecho da rodovia quando encontrou a máquina em Linha Cipó. Percebeu-se que desde o fim do trecho pavimentado, em Linha Brasil, próximo a Madeireira Haas, até Linha Cipó, no 3º Distrito, a situação estava crítica. Os motoristas que transitam pelo local, estavam se obrigando a invadir o sentido contrário para não causar danos ao veículo e cair no buraco.
Quem parou a reportagem para desabafar foi o morador de Sete Léguas, João Carlos Ferreira Filho. Conforme ele, o cárter do seu automóvel já foi danificado devido a uma pedra no

Quem também notou diferença e precisou reduzir a velocidade durante o percurso, é o motorista Dirceu André da Cruz, morador de Sério. Quando encontrou a reportagem pelo caminho que ele percorria para levar sua carga até o destino, não demorou a falar da condição da estrada. “Preciso andar devagar e ainda cuidar para não tombar o caminhão com esses buracos”, destacou. Cruz utiliza o caminho pois é mais ‘curto’ para chegar até Linha Brasil, onde deixa sua carga.caminho, mas que está, segundo Ferreira Filho, há anos naquele local. “Sei que não sou o único que tive esse prejuízo”. Passando pelo trecho ao menos duas vezes por semana, ele garante que, às vezes, busca um atalho para não precisar enfrentar a ‘buraqueira’, “mas hoje [segunda-feira] não tive outra escolha”.
Expectativa de melhorar o trecho ainda neste mês
Nas localidades de Linha Brasil, de Linha Maria Madalena até o perímetro urbano de Vila Deodoro, estão avaliados pelos moradores e confirmados pela reportagem da Folha do Mate, in loco, como os mais críticos dos 45 quilômetros de estradas de chão entre Venâncio Aires e Boqueirão do Leão.
A patrola – única da região Serrana em funcionamento, pertencente ao Departamento de Estradas e Rodagem (Daer) e com mais de 40 anos de uso – chega nesta semana com patrolamento até o perímetro urbano de Vila Deodoro. O patroleiro Jorge Luis da Motta confirma que ainda neste mês, está previsto o patrolamento de todo percurso até Linha Brasil. O trabalho começou na primeira semana de setembro na localidade de Sete Léguas e segue em direção à Linha Brasil. Motta, atua na região desde 1990, quando foi transferido do Daer de Candelária para a região da Serra.
Segundo ele, falta material para colocar na estrada e, “o material que está na beira da estrada naqueles trechos de Linha Brasil e Madalena precisam ser colocados quando o tempo está seco. Quando chove se transforma em barro e tranca no maquinário, por isso é preciso compactar este material quando ele estiver seco. é este material que tem pra usar”, explica.

Na segunda-feira, 19, quando a reportagem percorreu o trecho, a máquina estava próxima à Casa do Mel, em Linha Cipó. De acordo com o morador Vilson Posselt naquele trajeto “a estrada não está tão ruim quanto nas regiões depois de Vila Deodoro”, cita. Posselt diz que se preocupa com o desmatamento na beira da rodovia e com buracos que demonstram desmoronamento de parte da estrada (na beirada), próximo de sua residência. “Isso ainda vai dar algum acidente porque os carros passam bem rente ao buraco na beirada”, diz, preocupado.
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