Foto: Alan Faleiro / Folha do MateSai ou não sai? Diretora Jacqueline aguarda reforma para não mais enfrentar problemas em dias de chuva
Sai ou não sai? Diretora Jacqueline aguarda reforma para não mais enfrentar problemas em dias de chuva

Localizada no centro da cidade, a Escola Estadual de Ensino Médio Monte das Tabocas é uma das instituições de ensino mais queridas pelos venâncio-airenses. Com 94 anos, marca a história de diferentes gerações de famílias, que nela aprenderam o ABC e outros tantos ensinamentos que levaram para a vida. Apesar da sua importância, o colégio de cerca de 1.130 alunos enfrenta problemas em sua estrutura física e não é de hoje.

Ao longo dos anos, a escola cresceu e se modernizou – na medida do possível, mas o prédio principal construído na década de 40 sofre com goteiras a cada chuva forte. Por isso, ao caminhar pelos corredores é possível notar a existência de paredes mofadas e o comprometimento do forro, mas parte considerável dos problemas enfrentados pela escola não está visível aos olhos de quem passa por ela.

As instalações elétricas do prédio são fonte de constante dor de cabeça para a equipe diretiva, pois são antigas e precisam ser substituídas para que haja capacidade, por exemplo, para realizar a troca dos ventiladores por equipamentos de ar-condicionado, como já fizeram outras escolas do município. No verão, a comunidade escolar enfrenta quedas de energia devido à sobrecarga da rede quando são ligados os ventiladores, que acabam por queimar com frequência.

Foto: Alan Faleiro / Folha do MateForro está danificado e paredes mofadas em função da água que invade as salas em dias de chuva
Forro está danificado e paredes mofadas em função da água que invade as salas em dias de chuva

A situação também traz riscos na medida em que as instalações elétricas ficam expostas à água. Devido à chuvarada do último dia 18, a instituição de ensino teve que cancelar as aulas do turno da noite por causa do início de um curto-circuito, além de conviver com as já comuns goteiras. A diretora Jacqueline Pasa comenta que a fiação elétrica representa hoje a principal preocupação da escola. “Ela está completamente fora do padrão e esse prédio antigo, que foi construído em 1940, ele ainda conta com a mesma estrutura de rede elétrica da época da construção.”

No que se refere ao telhado, o problema é que as calhas não comportam o escoamento da água e a estrutura de madeira conta com cupins. Além disso, o teto é habitado por morcegos e, segundo a diretora, alguns locais contam com uma camada de alguns centímetros de fezes dos animais acumulada no decorrer dos anos.

A instituição de ensino ainda enfrenta problemas com o encanamento e carece de um espaço adequado para abrigar o refeitório e a cozinha, hoje instalados em uma espécie de ‘puxadinho’ do prédio principal. De acordo com Jacqueline, a escola procura fazer o que pode para amenizar a situação, mas há a necessidade de uma reforma mais ampla. Para isso, estima que seria necessária a quantia de aproximadamente R$ 500 mil.

Conforme a diretora, este investimento seria importante para que a escola não precise continuar a aplicar boa parte do seu orçamento na manutenção de uma estrutura que está defasada. Só com as instalações elétricas, a diretora afirma que são gastos em torno de R$ 13 mil por ano.

Esta semana, a direção do Monte das Tabocas protocolou um ofício junto à 6ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) em que reitera a situação enfrentada pela escola e apela por uma solução em caráter de urgência urgentíssima.

Apesar de reconhecer urgência, Estado tem dificuldade para tirar obra do papel