Foto: Divulgação .

Em uma época onde todas as escolas de samba deveriam estar com o samba-enredo na ‘ponta da língua’, as entidades ainda aguardam a definição dos repasses captados através do projeto inscrito na Lei Rouanet no valor de R$ 279,5 mil. A situação deixa as agremiações em cima da ‘gangorra’ até o novo parecer que será apresentado pelo secretário de Cultura e Esportes, Saul Zart, em reunião no dia 20, no Bar do Museu.

O gestor da pasta explica que para a liberação do valor já captado, é preciso que, ao menos, 20% do total aprovado – que representa R$ 60 mil – já estejam garantidos. Porém, somente R$ 40 mil foram captados até agora. “Depois dessa meta, posso seguir captando a quantia até depois dos festejos do Carnaval”, destaca. No entanto, a dificuldade de conseguir empresas que destinem recursos para o Carnaval preocupa Zart.

Por isso, solicitou mais algumas semanas às escolas na tentativa de garantir o valor e, assim, o repasse seja significativo para as escolas. Ao ser questionado sobre a possibilidade de não ter Carnaval em 2018, Zart descartou essa alternativa e disse que “está com esperança”.

O que dizem as escolasPara o presidente da Unidos da Vila Freese, Guiomar da Rosa, é difícil conseguir fazer Carnaval se o repasse for somente R$ 20 mil. Em sua opinião, dá para “brincar” apenas. Mesmo que seja difícil, ele projeta a realização de uma Ação Entre Amigos para angariar recursos, no entanto, afirma que não quer ficar no ‘vermelho’ com os gastos do Carnaval novamente. Na Fiel Tribo Guarani, que trabalha na definição do tema-enredo, o sentimento também é de expectativa para a reunião da quarta-feira, 20.

O presidente da Acadêmicos do Samba Négo, Saulo Klafke, os preparativos para os festejos carnavalescos ainda são tímidos, pois a situação exige cautela. “Ainda estamos quitando contas do Carnaval que passou”, diz. Klafke já adiantou em reunião com todos os envolvidos e, inclusive, com os simpatizantes do Négo, que a escola precisa, pelo menos, de um repasse de R$ 35 mil para ir à Avenida, se não, não deve participar do Carnaval em 2018.

Adiantados A Associação Carnavalesca Malandros do Ritmo está com mais de 80% das fantasias prontas. Ano em que levará para a Rua Grande a temática ‘Recordar é viver’, relembrando as marchinhas de Carnaval. Para o presidente da escola, Rogério Seibt, a quantia que seria repassada a partir do projeto ajudaria, mas a escola organiza promoções ao longo do ano para conseguir custear as despesas.

Com a temática ‘Deficiência física, aprendizado e superação’, a Unidos das Vilas já começa a ensaiar as primeiras batidas do samba-enredo. Além de ter a confirmação da participação da Associação Santa-cruzense de Pessoas Portadoras de Deficiência Física (Aspede), além da presença do ex-deputado Marquinhos Lang e dos venâncio-airenses Daniela Bublitz (cantora) e Paulo Mathias Ferreira (ex-vereador). A Folha tentou contato com a escola Unidos das Vilas, mas não conseguiu contato.

RelembreNesse ano, as escolas Malandros do Ritmo, Négo, Fiel Tribo Guarani, Unidos das Vilas e Unidos da Vila Freese receberam R$ 16 mil cada. Ao todo, a Administração repassou R$ 80 mil à Liga das Escolas de Samba de Venâncio.